Brasília – O governo brasileiro elevou de US$ 50,1 bilhões para US$ 56,7 bilhões a previsão de superávit da balança comercial para este ano. Revista a cada três meses, a estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério da Economia. Em 2018, o país registrou um saldo comercial positivo de US$ 58,959 bilhões.
A alta, no entanto, não decorrerá da melhoria das vendas externas, mas porque as exportações e as importações cairão em relação às projeções originais.
Segundo a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do ministério, as exportações deverão encerrar o ano com queda de 2% em relação ao valor exportado em 2018. As importações, em contrapartida, deverão cair 1,9%.
Em relação às exportações, o motivo é o desaquecimento do comércio global e a queda de preços de algumas commodities. As importações deverão cair por causa da lentidão na recuperação da economia brasileira.
“A expectativa do comércio internacional brasileiro não é extraordinária não apenas por causa do quadro geral da economia brasileira, de recuperação lenta, mas também por causa do panorama global. A economia global terá um crescimento ainda mais baixo decorrente do enfraquecimento das relações de comércio internacional. O Brasil, naturalmente, sofre consequências disso”, disse o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.
No primeiro semestre de 2019, o saldo comercial do Brasil caiu 9,6% em relação ao mesmo período de 2018, para US$ 27,13 bilhões. Foi o superávit mais baixo para o primeiro semestre desde 2016.
Nos seis primeiros meses de 2019, as exportações brasileiras somaram US$ 110,89 bilhões, uma queda de 1,8% sobre o mesmo período do ano passado, pela média diária. Já as importações aumentaram 0,8% na mesma comparação, para US$ 83,76 bilhões.