São Paulo – O governo brasileiro emitiu uma nota por meio do Itamaraty na sexta-feira (21) pela noite manifestando esperança com o anúncio de cessar-fogo no conflito entre Israel e a Palestina e pedindo resolução pacífica para o problema. Na região, a Faixa de Gaza – liderada pelo grupo Hamas e onde vivem milhares de palestinos – e Israel travam enfrentamento violento há quase duas semanas, mas uma trégua entrou em vigor na última semana.
A nota foi divulgada no mesmo dia em que o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França (foto acima), teve encontro com representantes de países árabes em Brasília. No texto, o Itamaraty agradece os esforços do Egito e do Catar, que são dois países árabes, pela paz. O governo brasileiro também fez um pronunciamento com tom conciliador em plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas na última quinta-feira (20).
“O governo brasileiro recebeu com esperança o anúncio de cessar-fogo, que passou a vigorar a partir desta madrugada na Faixa de Gaza. Ao agradecer os bons ofícios do Egito e do Catar na mediação pelo fim das hostilidades, o Governo brasileiro manifesta confiança que as partes envolvidas se engajem na implementação dos compromissos firmados e trabalhem pelo restabelecimento da calma”, diz o texto.
Na nota, o governo afirma que acompanhou com preocupação a escalada de tensões entre israelenses e palestinos e lamenta os enfrentamentos, a destruição, os feridos e as vidas perdidas. Ele também informa uma conversa por telefone, no dia 19 de maio, do chanceler França com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gabi Ashkenazi, e a reunião com os representantes de países árabes acreditados em Brasília.
O Itamaraty afirma que na Assembleia Geral das Nações Unidas “reiterou o compromisso do Brasil com a resolução pacífica do conflito de modo a permitir que ambos os povos vivam em paz, segurança e prosperidade, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas”. A ONU lançará campanha internacional para ajudar a reparar os danos em Gaza, onde há risco de maior disseminação da covid-19.