Da Agência Brasil
Brasília – O Banco Central reduziu de US$ 4,2 bilhões para US$ 1,2 bilhão a previsão de déficit em transações correntes (operações de comércio e serviços com o exterior), do Brasil para este ano. Em agosto, as transações correntes registraram superávit de US$ 1,220 bilhão, acumulando, no ano, US$ 2,499 bilhões.
Em 2002, essa conta foi negativa em US$ 7,693 bilhões e, no ano anterior, o rombo havia passado dos US$ 20 bilhões. As informações constam de relatório mensal sobre o desempenho das contas externas brasileiras, divulgado, há pouco, pelo Banco Central.
A melhora na previsão para este ano se deve ao aumento da expectativa para o superávit da balança comercial. Segundo o relatório, a projeção passou de um saldo positivo de US$ 17,5 bilhões para US$ 20,5 bilhões. A estimativa para as exportações passou de US$ 45,510 bilhões para US$ 68,5 bilhões e, para as importações, de US$ 30,382 bilhões para US$ 48 bilhões.
A conta de transações correntes engloba os saldos da balança comercial (exportações e importações), da conta de serviços (que inclui o pagamento de juros da dívida) e transferências unilaterais (como o envio de recursos para o exterior).
Para 2004, espera-se um saldo negativo de US$ 6,3 bilhões para as transações em conta corrente. Isso porque a previsão de superávit comercial para 2004 é de US$ 16,5 bilhões, com exportações de US$ 71,5 bilhões e importações de US$ 55 bilhões.
Investimento externo
A estimativa para o ingresso de investimentos estrangeiros diretos, neste ano, permanece em US$ 10 bilhões. Em 2002, esses investimentos somaram US$ 16,566 bilhões. Para o próximo ano, a projeção é de US$ 13,5 bilhões.
Em agosto, o país recebeu US$ 980 milhões, contra US$ 882 milhões, em igual período de 2002. De janeiro a agosto, esses recursos acumulam US$ 5,727 bilhões.
De acordo com o relatório, ao final do primeiro semestre deste ano, a dívida externa brasileira totalizou US$ 219 bilhões, com US$ 3,6 bilhões a mais na compração com o resultado de março. A dívida de médio e longo prazos somou US$ 198 bilhões e a de curto prazo, US$ 21,2 bilhões.