São Paulo – Há sete anos, a ProGrass, empresa especializada em gramado sintético, utiliza matéria-prima dos Emirados Árabes Unidos em seus produtos. Consolidada no mercado, a companhia brasileira, que já entregou gramados sintéticos do Sport Club Internacional e da Academia de Futebol do Palmeiras, agora vai atuar no Centro Esportivo Gramadense, um time de futebol do interior do Rio Grande do Sul.
A previsão é de que a empresa brasileira aplique a grama sintética em todo o Centro Esportivo em março do ano que vem. Devem ser usados 9,8 mil metros quadrados do produto no espaço.
“A ProGrass foi criada em 2013 depois de ser convidada pelo presidente da Sportlink, Adriano Gelli, para representar exclusivamente a fabricante de grama sintética esportiva no estado de São Paulo. Com o passar dos anos, passamos a representar a marca da Sportlink em território nacional. Hoje completamos 10 anos no mercado”, explica Aleks Pegoraro, diretor comercial da ProGrass das regiões sul e sudeste do país. Na foto de abertura, Pegoraro em gramado do Internacional.
O processo de criação e aplicação da grama sintética passa por três empresas. A matéria-prima dos Emirados, que são os fios do gramado, passam por um processo de produção na fábrica da Mattex, que também fica em solo árabe. A Sportlink importa esses fios e produz o gramado final, que em seguida é aplicado nos estádios pela ProGrass.
Além dos fios, a tela e o látex também são utilizados como matéria-prima pela Sportlink. Esses itens garantem que a grama tenha mais resistência, longevidade, maciez, conforto e boa apresentação.
“Antes de começar a comprar os fios dos Emirados Árabes em 2016, a Mattex comprava dos europeus. Na comparação entre as matérias-primas das duas regiões, para nós tem o mesmo padrão de qualidade. Além de nós brasileiros, a Mattex atende empresas da Europa, Estados Unidos e Canadá”, diz o diretor comercial da ProGrass.
Antes da aplicação do gramado, a ProGrass faz um estudo de solo, prepara o contrapiso e implementa sistemas de drenagem. Quando o gramado sintético está pronto, a ProGrass cuida da revitalização e do rodízio dos tapetes de grama, constrói os alambrados, redes esportivas e a iluminação do espaço.
“Em comparação com a grama normal, a grama sintética se destaca por diversos fatores, entre eles o valor da manutenção. Como o gramado natural precisa de bastante sol, água e ser cortado todos os dias, demanda um custo elevado de manutenção. Já no gramado sintético, indicamos que a manutenção seja feita a cada três meses. Tem clientes que sentem a necessidade da manutenção em um tempo maior, de seis meses”, completa Aleks.
O gramado sintético ainda proporciona um conforto similiar que o atleta sente quando joga no gramado natural. Já quando falamos em durabilidade, o produto sintético tende a durar até 100 vezes mais do que o natural.
Reportagem de Rebeccca Vettore, especial para a ANBA