São Paulo – Foi promulgado nesta sexta-feira (15) o projeto de criação do Grupo Parlamentar Brasil-Bahrein, aprovado pelos senadores brasileiros na última semana. O projeto é de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e teve Nelsinho Trad (PSD-MS) como relator. O Bahrein é um país árabe do Oriente Médio com o qual o Brasil mantém relações cada vez mais estreitas.
Ao comemorar a aprovação na última semana, Marcos do Val publicou em seu site que o comércio entre os países e os investimentos do Bahrein no Brasil devem ser ampliados. Ele disse que as economias dos dois são complementares, que há potencial de incremento nas trocas bilaterais e que a atuação do grupo parlamentar somará esforços e estimulará discussões sobre temas de interesse comum.
Segundo o senador autor da proposta, o grupo deve promover congressos, seminários e estudos nas áreas tecnológica, científica, econômica, financeira e cultural, visando o desenvolvimento das relações bilaterais que vêm se ampliando nos últimos anos. Ele disse que espera que a aprovação do grupo parlamentar traga mais investimentos do Bahrein ao Brasil, o que deve gerar empregos.
Em seu site, o senador Nelsinho Trad justificou a implementação do projeto pelo peso das relações bilaterais e a convergência de interesses econômicos entre os dois países. Ele lembrou que o comércio com o Bahrein tem sido superavitário para o Brasil e disse que grupos parlamentares viabilizam troca de experiências entre os poderes legislativos de cada país. O Brasil inaugurou no final do ano passado sua embaixada em Manama, no Bahrein, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
O Brasil e o Bahrein tiveram em 2021 corrente comercial de US$ 2,1 bilhões, aumento de 178% sobre 2020. A maior parte – US$ 1,9 bi – foi exportação brasileira, especialmente de minério de ferro. O Brasil também vendeu ao Bahrein, em volume menor, produtos como carne de frango, corindo artificial, coque de petróleo, tubos e perfis ocos e carnes bovinas. As exportações do Bahrein ao Brasil somaram US$ 277 milhões em 2021, especialmente em alumínio, óleo de petróleo, fertilizantes e fios de alumínio.