São Paulo – A economia das Ilhas Comores melhorou no ano passado, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país árabe é um arquipélago de três ilhas que fica no Oceano Índico, na costa da África. Em documento divulgado na sexta-feira (29), o FMI estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha avançado 2,7% no ano passado, meio ponto percentual acima de 2016, e que em 2018 o crescimento fique ainda maior, em 2,8%.
De acordo com o FMI, uma série de fatores contribuíram com o desempenho da economia local em 2017, entre eles a melhora da situação da eletricidade, o aumento das exportações e o crescimento das remessas vindas do exterior. As exportações aumentaram 26,2% em receita, apesar de uma pequena queda, de 0,9%, no volume comercializado.
De acordo com o fundo, o crescimento poderia ter sido maior se não fosse uma deterioração no clima de negócios e tensões no setor financeiro. O FMI destaca que reformas destinadas a melhorar as receitas do país começaram a dar frutos, impulsionadas por cobrança de taxas e impostos, apesar dos desafios da implementação da política fiscal.
Apesar do aumento das receitas, elas ficaram abaixo do plano orçamental ambicioso estipulado pelo país e não foram suficientes para cobrir todas as despesas correntes. Em função disso, as entradas foram complementadas com apoio orçamental da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, além de empréstimos do setor financeiro.
Segundo o FMI, os investimentos ficaram abaixo do nível necessário para reduzir o déficit local em infraestrutura e apoiar as perspectivas de crescimento das Ilhas Comores. “As perspectivas de curto prazo permanecem desafiadoras na ausência de novos esforços de reforma”, diz o documento.
De acordo com o organismo, o país árabe precisa conter a vulnerabilidade e atingir taxas de crescimento sustentáveis e suficientemente altas para impulsionar os padrões de vida. Isso, segundo o Fundo Monetário Internacional, exige a construção de esforços de reformas, com a implementação de um conjunto abrangente de medidas políticas.
O FMI afirma que as Ilhas Comores precisam superar gargalos na infraestrutura básica, em estradas e eletricidade, melhorar o clima de negócios e impulsionar mais a obtenção de receitas, fortalecer a eficácia judicial e resolver fragilidades do setor financeiro. “Tudo será fundamental para impulsionar o crescimento a longo prazo”, diz o FMI.
Em 2015, as Ilhas Comores cresceram 1%. Em 2016, o avanço do PIB foi de 2,2%. Para o ano que vem, o FMI prevê que o país cresça o mesmo percentual que neste ano, 2,8%, e que passe para 2,9% em 2020 e 3,1% em 2021. Para o ano de 2022 a projeção para o crescimento econômico é de 3,2% e para 2023, de 3,3%.