São Paulo – O Brasil importou US$ 178,4 milhões em produtos gráficos no primeiro semestre deste ano. O valor é 41,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O aumento expressivo das importações fez com que o saldo da balança comercial do segmento ficasse negativo em US$ 27,14 milhões. As exportações cresceram, mas bem abaixo do aumento das importações, com 1,6%. O total exportado pela indústria gráfica nacional foi US$ 151,30 milhões.
Os produtos editoriais, como livros e revistas, foram responsáveis por US$ 62,67 milhões das importações, ou 35% do total. Outros segmentos que também contribuíram para o aumento das compras no exterior foram cartões impressos, com US$ 50,51 milhões, embalagens, com US$ 29,71 milhões, e produtos promocionais, US$ 21,99 milhões.
Já no topo de produtos gráficos exportados pelo Brasil estiveram as embalagens, com US$ 49,20 milhões ou 32,5% do total. As vendas externas de cadernos somaram US$ 36,46 milhões e as de cartões impressos US$ 24,84 milhões.
Em nota, o presidente da Abigraf, Alfried Plöger, afirma que as exportações representam menos de 2% das vendas gráficas totais do setor e por isso o desempenho não chega a afetar, de forma significativa, o desempenho final da indústria. Ele atribui o aumento tímido das exportações ao câmbio.

