Geovana Pagel
São Paulo – Termina hoje (13) em Curitiba, no Paraná, a sétima edição da feira internacional Sweet Brazil. Ela reúne as novidades da indústria nacional de chocolates, balas e confeitos, e é o principal evento de um mercado que movimenta mais de R$ 6 bilhões por ano no Brasil.
Na quinta-feira (11), empresários dos Emirados Árabes Unidos, Líbia, Iêmen e Egito participaram de um seminário sobre os "Números do Brasil", organizado especificamente para as comitivas de compradores estrangeiros. África, Oriente Médio, Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia estavam representados no encontro.
O seminário faz parte de um "projeto comprador", fruto da parceria da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (Abicab) com a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex).
"Alguns importadores vieram ao Brasil pela primeira vez. É importante este tipo de apresentação pois demonstra nossa grande capacidade produtora", disse Ubiraci Fonseca, vice-presidente de exportação da Abicab. "Os países árabes, por exemplo, têm muito potencial de compra em função de sua situação econômica favorável", afirmou.
"Eles importam muito dos países europeus, principalmente por causa da maior proximidade geográfica. No entanto, o Brasil apresenta preço e qualidade como diferenciais competitivos", acrescentou.
De acordo com Fonseca, os principais mercados do setor são os Estados Unidos e os demais países da América do Sul. Mas no futuro isso poderá mudar, já que alguns países localizados no Oriente Médio e no norte da África vêm importando cada vez mais os doces brasileiros.
"Os países árabes fazem parte dos novos mercados para as exportações do setor e já compram em torno de 15% a 20% do volume exportado pelo país", afirmou Fonseca.
Novas oportunidades
Com 54 expositores, a feira representa 96% do setor de chocolates, 70% do de balas e confeitos e 56% do de amendoim. Seu objetivo principal é reunir representantes de toda a cadeia produtiva com seus lançamentos, novidades e atividades, e atingir, desta forma, mais de 24 mil visitantes que respondem por 52% da compra de produtos industrializados do segmento no país.
A Sweet Brazil ocorre em conjunto com a 24ª Convenção Anual do Comércio Atacadista e Distribuidor(ABAD), e ocupa 4 mil metros quadrados, que correspondem a 30% do total da área do evento.
"A feira também é uma excelente oportunidade para contato direto com os importadores de diversos países de todo o mundo, o que facilita as coisas para quem pretende ampliar seus negócios com o exterior, ou dar a partida em uma política de exportação", ressaltou o dirgente da Abicab.
No ano passado, foi registrada a presença de visitantes de vários países interessados nos produtos brasileiros, como Estados Unidos, África do Sul, Angola, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Inglaterra, Jamaica, Palestina, Paquistão, Paraguai, Peru, Porto Rico, Portugal, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Sala de amostras
Uma novidade implantada nesta edição da feira foi a Sala de Amostras, que segue os moldes da "Sample Room" da "All Candy", a maior feira norte-americana do setor.
A sala pode ser visitada somente por atacadistas, que
recebem uma sacola com capacidade de 1,5 kg, na qual podem colocar amostras dos produtos e sua preferência, conhecer o produto e procurar o fabricante na feira para negociar compras.
Mercado em expansão
No ano passado, as vendas externas do setor cresceram 48% em relação a 2002, passando de 119 mil para 172 mil toneladas, gerando US$ 211 milhões. Hoje o Brasil exporta para 129 países de todos os continentes.
Para 2004, a estimativa também é de crescimento. Entre janeiro e junho deste ano, as exportações de chocolates, balas e confeitos para o mercado externo cresceram cerca de 37%, o equivalente a US$ 126,7 milhões foram vendidos para o exterior. O setor de chocolates exportou US$ 51,5 milhões e o de balas e confeitos US$ 75,1 milhões.
Contato
Abicab
www.abicab.org.br

