Erbil – A incubadora da empresa Fanem, exposta no estande da Câmara de Comércio Árabe Brasileira na Feira Internacional de Erbil, no Curdistão iraquiano, chama a atenção dos visitantes. Segundo o representante da companhia brasileira no Iraque, Mohammed Mohsin Gaeed, da United Horizon Company, já foram vendidas 720 incubadoras da Fanem no mercado iraquiano desde 2003.
Os equipamentos hospitalares da empresa são distribuídos em todo o mercado iraquiano, mas a região mais forte é a capital, Bagdá, seguida pela cidade Basrah. Segundo Gaeed, são nessas cidades que os maiores médicos e especialistas se concentram, portanto há maior demanda por produtos e equipamentos médicos e hospitalares.
Essa é a primeira vez que Gaeed participa da feira de Erbil. “Queremos mostrar o potencial dos produtos brasileiros, que têm muita qualidade, e há um grande mercado”, afirmou o representante. Segundo ele, além das incubadoras, ele representa diversos produtos da Fanem, como camas hospitalares, equipamentos laboratoriais, sistemas de fototerapia, berços, entre outros. Os sistemas de fototerapia para recém-nascidos, por exemplo, também são sucesso de vendas no Iraque, com mais de mil equipamentos vendidos.
O maior problema enfrentado pela United Horizon Company é a questão logística. Segundo o representante, além do preço do frete brasileiro marítimo ser muito caro, os produtos chegam pelos portos do Kuwait ou da Jordânia, pois há muita dificuldade no sistema portuário iraquiano.
Na feira, os produtos da Fanem chamam a atenção pela qualidade, tamanho e luzes fortes emitidas pelos equipamentos que despertam a curiosidade dos visitantes. Os interessados querem logo saber o preço, que comparados aos produtos chineses são mais caros. “Eles comparam muito com o preço do mercado chinês, mas eu sempre enfatizo a qualidade do produto brasileiro”, disse Gaeed.
Dificuldade de comunicação
O primeiro dia da gerente de exportação Camila Rodrigues, da empresa de móveis Vila Rica, do Paraná, foi muito positivo e ao mesmo tempo complicado. Segundo ela, o interesse dos visitantes pelos roupeiros da empresa foi grande. Porém, a dificuldade para a comunicação é enorme, já que a maioria da população no Curdistão fala apenas o curdo. “A língua está sendo um problema”, afirmou.
De acordo com ela, em Erbil existem muitas lojas de móveis, o que já mostra que há muitas oportunidades para os produtos da Vila Rica. Todos os contatos realizados na feira foram de compradores do próprio Curdistão e Iraque em geral. “Percebi que oportunidade tem, o difícil vai ser negociar”, completou Camila.