Geovana Pagel
São Paulo – A Associação Brasileira da Indústria de Higiene pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) informou que o setor apresentou um crescimento de 18,2% nas toneladas exportadas, de janeiro a novembro de 2003, e um faturamento 17,2% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Em 2002 foram exportadas 103 mil toneladas que renderam US$ 174 milhões. Em 2003 foram vendidas 123 mil toneladas que corresponderam a US$ 204 milhões.
A participação da ABIHPEC na Semana do Brasil em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 7 a 9 de dezembro de 2003, foi considerada tão importante que a entidade decidiu participar da Middle East Gulf Beauty 2004, uma grande feira do setor, que ocorre de 26 a 28 de abril, também na cidade de Dubai.
“A semana brasileira foi a nossa primeira participação no Oriente Médio. Sentimos tanto interesse dos empresários árabes que nos motivamos a organizar um estande brasileiro na Guls”, conta o presidente da entidade, João Carlos Basílio da Silva. “O setor sempre acompanha o governo nestas viagens de negócios e ficamos surpreendidos com a receptividade”, diz.
De acordo com Silva, o estande brasileiro deverá ter entre 18 e 36 metros quadrados e, a partir deste ano, a feira de Dubai entra oficialmente no calendário de feiras internacionais da ABIHPEC.
Na semana brasileira, realizada em dezembro, a entidade representou oito empresas: Granado, Perfumes Mauá, O Boticário, Bonyplus, Condor, Mundial, Niasi, Amantha e a Natura, que levou equipe própria. “Agora estaremos representando aproximadamente 15 empresas que, mais uma vez, terão seus produtos em evidência no mundo árabe”, afirma.
De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o setor tem aproximadamente 1.100 empresas. A entidade já representa mais de 300 associados.
A indústria da beleza é um dos setores que criam as maiores oportunidades de trabalho no Brasil. “Só perde para a construção civil”, garante Silva. Segundo ele, atualmente, mais de 2 milhões e 400 mil pessoas trabalham no ramo da indústria da beleza.
“Se considerássemos a indústria das embalagens, que inclui gráfica, vidro e plástico, seriam mais 300 mil pessoas”, lembra Silva. “E ainda tem gente que considera o nosso setor supérfluo”, comenta.
O presidente da ABIHPEC acredita que vários fatores têm contribuído para o crescimento do setor, como a crescente participação da mulher brasileira no mercado de trabalho; a utilização de tecnologia de ponta e o conseqüente aumento da produtividade, favorecendo os preços praticados pelo setor; lançamentos constantes de novos produtos, atendendo cada vez mais às necessidades do mercado, e o aumento da expectativa de vida, “o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude”.
Neste ano, a intenção é aumentar as vendas para os 100 países que já importam produtos brasileiros e conquistar novos mercados. “A expectativa para 2004 é manter o mesmo nível de crescimento do ano passado, algo em torno de 20%”.
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