São Paulo – As empresas Portobello, Cecrisa, Gail e Villagres participarão de encontros de negócios com arquitetos do Oriente Médio durante a primeira edição do Arc-Middle East, que acontece de 29 de outubro a 1º de novembro, no Chipre.
O evento reunirá profissionais dos 50 maiores escritórios de arquitetura do Oriente Médio responsáveis pelas especificações de materiais de construção de grandes empresas em atividade na região. Durante quatro dias, fabricantes do setor de diversos países participarão de reuniões de aproximação com os arquitetos.
A participação das companhias brasileiras acontece sob a coordenação da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer), com patrocínio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Para Antônio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer, a participação no evento é uma importante oportunidade para colocar as empresas brasileiras em contato com os principais arquitetos da região. "Você entra no portfólio dos escritórios que fazem as especificações das obras, isso é o mais importante. Neste contato, ele [o arquiteto] vai te conhecer, e na hora de escolher, vai te chamar", destaca.
O executivo ressalta ainda a facilitação de encontros que o evento promove ao reunir tantas empresas e arquitetos em um curto período de tempo. "As empresas conseguem uma aproximação com esses escritórios de arquitetura em três, quatro dias de encontro que, em geral, levaria um ano para ser feito", explica. Juntas, as empresas brasileiras terão cerca de 80 encontros de negócios.
A Anfacer e suas associadas já participaram de seis edições do Arc-USA, edição do evento que acontece nos Estados Unidos. Kieling diz que não sabe dizer quanto as participações nas edições norte-americanas renderam às empresas brasileiras, mas afirma que o retorno tem sido positivo devido ao preço do produto exportado.
"O preço médio dos produtos resultantes das vendas feitas nos eventos Arc tem sido de 2,5 a três vezes superior ao seu preço de comercialização, porque você trabalha em projetos de alto padrão", ressalta.
Atualmente, a associação tem cerca de 70 associados. No mercado do Oriente Médio, Kieling destaca os Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita como os países de maior interesse para o setor de revestimentos cerâmicos.
"É um mercado muito atrativo, principalmente porque o preço médio do produto é elevado. Mesmo que não tenha um grande volume de vendas, o preço médio é bastante representativo, porque você vende produtos de maior valor agregado".
De acordo com dados da Anfacer, o preço médio das exportações brasileiras de cerâmica para revestimento, em 2009, foi de US$ 4,11 por metro quadrado, já para o Oriente Médio, o valor chegou a US$ 9,42 por metro quadrado.
Segundo os números da associação, em 2009, o Oriente Médio importou 210 milhões de metros quadrados de revestimentos cerâmicos de todo o mundo, gerando mais de US$ 952 milhões em negócios. Deste total, o Brasil participou com a exportação de 470 mil metros quadrados, faturando US$ 4,4 milhões. O país é o quinto maior exportador de revestimentos cerâmicos do planeta.