São Paulo – A renovação do convênio entre a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), assinada hoje (18), em São Paulo, pretende reverter a queda de 40% das exportações do setor de maquinário ocorrida em 2009 em relação a 2008, quando o país vendeu US$ 13 bilhões em máquinas e equipamentos ao exterior.
O Projeto Setorial Integrado (PSI), com abrangência de 2010 a 2012, destinará R$ 16 milhões para 45 ações em 12 mercados alvo: Estados Unidos, México, América Central, Venezuela, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Angola, África do Sul, Índia e Rússia. Entre os eventos, estão incluídos 23 feiras, seis projetos compradores, quatro projetos vendedores, além de ações para fortalecimento da marca e gestão de banco de dados.
Outra iniciativa do convênio foi a criação de uma logomarca que será usada pelas empresas participantes do projeto e em eventos do setor no exterior. A marca deve transmitir um padrão de qualidade e inovação ligado aos maquinários e equipamentos brasileiros.
Com o conceito Brasil Machinery Solutions, the inventive global partner, pretende-se mudar a imagem do país de “festivo” para “profissional”, relatou Valerie Engelsberg, sócia-consultora da Top Brands, empresa responsável pela criação da nova marca. Em 2004, a Abimaq e a Apex já haviam realizado uma campanha publicitária em 14 mercados com o slogan we know how (nós sabemos como).
“Não existe uma grande nação ou um grande país que não tenha um setor de máquinas e equipamentos forte”, declarou Alessandro Teixeira, presidente da Apex. Segundo ele, este setor vem se modernizando no Brasil e é preciso transmitir essa mensagem aos importadores. “O trabalho que vai ser feito com esse novo convênio é trabalhar a marca da nossa qualidade e inovação.”
Para Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, a inovação tecnológica dá perenidade ao setor. “Não podemos perder o que é exportado, 30% do nosso faturamento vem da exportação. Quase metade das exportações vai para o primeiro mundo, isso mostra que temos qualidade”, declarou.
Outro ponto destacado por Aubert é a necessidade de atrair as pequenas e médias empresas do setor para a exportação. Segundo ele, 80% dos associados da Abimaq têm este perfil. Inicialmente, o projeto deve abranger 90 empresas, mas a expectativa é de que chegue a 200.
Na próxima semana, haverá também o lançamento de um portal on-line, com espaço para divulgação das empresas participantes, a exposição de novos produtos e a publicação de notícias sobre o projeto.
