São Paulo – A indústria contribui com 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) – bloco econômico formado por Kuwait, Omã, Catar, Bahrein, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – e essa porcentagem só tende a crescer. O faturamento do bloco cresceu de 161,8 bilhões de dirhans (US$ 44 bilhões), em 2002, para 307 bilhões (US$ 83,5 bilhões) em 2006 e 487,7 bilhões (US$ 132,7 bilhões) no ano passado. Os dados foram divulgados pelo site árabe Emirates Business 24/7.
Segundo a empresa de consultoria Gulf Organisation for Industrial Consulting (GOIC), informou que o investimento dos seis países do GCC no setor deverá chegar a 760 bilhões de dirhans (US$ 206 bilhões) em 2012.
Para essas nações, o setor industrial é uma peça-chave para a diversificação de sua base econômica no longo prazo, com o objetivo de reduzir sua dependência do petróleo.
O GCC investiu um total de 487,7 bilhões de dirhans (US$ 132,7 bilhões) na indústria no ano passado. A Arábia Saudita contribuiu com a maior parcela desse valor: 296,8 bilhões (US$ 80,7 bilhões). Os Emirados investiram 72,6 bilhões (US$ 20,7 bilhões), o Catar, 43,5 bilhões (US$ 11,8 bilhões), o Kuwait, 31,3 bilhões (US$ 8,5 bilhões), o Bahrein, 26,1 bilhões (US$ 7,1 bilhões) e Omã, 17,6 bilhões (US$ 4,7 bilhões). Os dados são da GOIC.
Em 2007, a industria química recebeu a maior parte dos investimentos: 273 bilhões de dirhans (US$ 74,3 bilhões). Em seguida vieram os materiais de construção, com 55,6 bilhões (US$ 15,1 bilhões), minerais sintéticos, com 43 bilhões (US$ 11,7 bilhões), alimentos, bebidas e fumo, com 38,1 bilhões (US$ 10,3 bilhões), minerais naturais, com 30 bilhões (US$ 8,1 bilhões), indústria gráfica, com 11,3 bilhões (US$ 3 bilhões), indústria têxtil e roupas, com 7,8 bilhões (US$ 2,1 bilhões), e madeira e móveis, com 4,4 bilhões (US$ 1,1 bilhões). Os 24,2 bilhões (US$ 6,5 bilhões) restantes foram distribuídos entre outras indústrias.
Emirados
De acordo com projeções do Ministério da Economia dos Emirados Árabes Unidos, o setor industrial no país, que movimentou 72,6 bilhões de dirhans (US$ 19,7 bilhões) em 2007, deverá atingir 100 bilhões (US$ 27,2 bilhões) em 2010, e 120 bilhões (US$ 32,6 bilhões) em 2012.
Para o diretor de Desenvolvimento Industrial do ministério, Saeed Abdullah Al Roken, o crescimento será puxado por grandes projetos, como uma fundição de alumínio de 22 bilhões (US$ 5,9 bilhões) e uma usina de processamento de aço de 3 bilhões (US$ 816,5 milhões) em Abu Dhabi.
"Diversas cidades industriais estão sendo construídas em Dubai e Sharjah, além dos projetos industriais Icad 1, 2, 3 e 4, no emirado de Al Ain", ele disse. "O país está se concentrando em indústrias vitais e estratégicas como petroquímica, siderúrgica, de cimento e de alumínio, que são consideradas fatores importantes para a diversificação da economia", afirmou.
"Os Emirados estão investindo em países com recursos naturais diversificados, porque possuem poucos recursos próprios do tipo. O governo quer garantir a oferta de matérias primas utilizadas pelo setor industrial", disse o diretor.
De acordo com dados do Ministério das Finanças dos Emirados, o investimento do país árabe na indústria de alimentos, bebidas e fumo cresceu de 8,9 bilhões (US$ 2,4 bilhões) em 2003 para 32,1 bilhões (US$ 8,7 bilhões) em 2007.
O setor têxtil e de roupas recebeu 960 milhões de dirhans (US$ 261,2 milhões) no ano passado, e a indústria de móveis e madeira, 822 milhões (US$ 223,7 milhões).
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

