Geovana Pagel
São Paulo – Governo federal e toda a cadeia petroquímica da indústria plástica brasileira estão se unindo para enfrentar a concorrência externa e ganhar mercado fora do país. Orçado em US$ 3 milhões, o projeto Export Plastic pretende fazer a balança comercial do setor passar de um déficit de US$ 300 milhões ao ano para um superávit anual de US$ 1 bilhão.
"O Export Plastic é um projeto que visa a incentivar as exportações para todos os países do mundo", explica o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum. "Com certeza os países árabes são vistos como um excelente mercado em potencial", avalia.
O custo do projeto será bancado pelas duas cadeias produtivas e o governo, através da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil).
A Apex será responsável por 50% do investimento. As empresas do setor petroquímico, que produzem a resina plástica e repassam para as indústrias de transformação, devem entrar com 38% do total.
A terceira geração da cadeia, que são as indústrias plásticas, será responsável pelos 12% restantes. "Por isso estamos percorrendo o país para encontrar os parceiros ideais para o programa", diz o presidente.
Escolhidos pelo grande potencial do setor, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Bahia já foram visitados pelo presidente da Abiplast, com a proposta de parceria.
No Brasil existem cerca de 7,5 mil indústrias do setor. Inicialmente a associação acredita que no mínimo 100 empresas deverão aderir ao projeto. Caso o valor seja dividido entre as mesmas, o pagamento mensal ficaria em torno de R$ 450,00. “Se houver mais participantes, o custo ficará ainda menor", ressalta Cachum.
A adesão das empresas ao projeto dará direito a participação em feiras internacionais, missões e acompanhamento do mercado externo. De acordo com o presidente da Abiplast, as empresas brasileiras do setor plástico perdem muito espaço dentro do próprio mercado interno por falta de competitividade.
"A abertura da economia brasileira já trouxe alguns resultados positivos para determinadas cadeias produtivas. Chegou a hora de alcançarmos a competitividade para recuperarmos mercado interno e partir para exportação", aposta.
De acordo com o presidente da Abiplast, após o lançamento oficial do Export Plastic, prevista para os próximos meses, o primeiro passo será iniciar o trabalho de prospecção dos principais países de interesse, já trazendo oportunidades de negócios. “O mundo árabe, por exemplo, é um grande atrativo tanto para a exportação de produtos finais, como para a importação de resinas”, diz Cachum.
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