Tunis Afrique Presse*
Túnis – O setor têxtil é a maior indústria manufatureira da Tunísia em termos de empregos (48%) e volume de exportação (47%). No total, 91% dos produtos têxteis importados pelo país árabe vêm da União Européia (UE), que é a maior parceira econômica da Tunísia. Das exportações, 97% são destinadas à região euro-mediterrânea, principalmente a UE.
Até 09 de abril de 2007, as exportações dos setores têxtil e de confecção aumentaram 15% comparados ao mesmo período de 2006. As exportações da indústria de vestuário cresceram 18,7% e as importações tiveram um aumento de 23,6%.
As exportações cresceram 30% para roupas femininas e 18,2% para roupas masculinas. Houve um aumento significativo nas exportações de roupas de cama e mesa (62,2%) e de roupas íntimas (14,8%).
Do total de 2 mil companhias européias instaladas na Tunísia, 50% operam na indústria têxtil. O país árabe continua atraindo marcas famosas, sendo a mais recente delas o grupo Benetton, da Itália.
Em 2006, 126 projetos na indústria têxtil receberam investimentos estrangeiros diretos, contra 95 projetos em 2005.
Na quarta-feira (11), em Túnis, o ministro da Indústria, Energia e Pequenas e Médias Empresas, Afif Chelbi, e o ministro do Comércio e Artesanato, Mondher Zenaidi, participaram de um seminário sobre a indústria têxtil e de confecções da região euro-mediterrânea.
A principal conclusão foi a de que a indústria pode contribuir para a integração regional, desde que os países da região concordem em estender o sistema de cotas, que tem como objetivo proteger a produção local contra a importação em grande escala de produtos asiáticos.
O ministro Chelbi disse que as restrições impostas pela UE à importação de produtos asiáticos tiveram um impacto positivo, mas são medidas provisórias. Chelbi afirmou que espera que essas restrições sejam acompanhadas por uma parceria forte e duradoura na região euro-mediterrânea.
O ministro Zenaidi disse que a solidariedade entre países da Europa e do Mediterrâneo é necessária para que a região se mantenha entre as maiores fornecedoras da UE. Ele falou também da necessidade de incentivar um comércio livre e justo, condizente com padrões sociais e ambientais.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

