Da redação
São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2004 deverá registrar um crescimento de 3,6%. Essa é a projeção feita por cerca de cem instituições financeiras ouvidas, na semana passada, pelo Banco Central. Para 2005, a previsão é de uma alta de 3,8%.
Na avaliação de especialistas, o mercado do agronegócio, que este ano foi o responsável pela superávit da balança comercial brasileira, deverá continuar puxando a atividade econômica. Mas os vários segmentos da indústria deverão registrar expansão em suas atividades.
As instituições financeiras também apostam que o investimento estrangeiro direto (IDE) no país deverá chegara US$ 12 bilhões, podendo ultrapassar os US$ 15 bilhões no próximo ano.
Segundo especialistas, as previsões dos bancos mostram que o mercado e as instituições financeiras apostam no crescimento da economia brasileira em 2004, o que explica o aumento da confiança do investidor estrangeiro no crescimento sustentado do país.
O aumento da confiança do investidor estrangeiro na economia brasileira é confirmado por um estudo do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), ao estimar que este ano o Brasil deverá receber US$ 21,5 bilhões em investimentos privados, considerando-se os recursos que serão destinados ao setor produtivo e aqueles que serão aplicados em ativos financeiros.
De acordo com o IIF, que reúne os maiores bancos do mundo, esse total representa um crescimento de 106,7% sobre os US$ 10,4 bilhões que ingressaram no país em 2003. Além disso, representa 53% dos US$ 39 bilhões de investimentos que deverão ser destinados este ano para a América Latina.
Segundo ainda o IIF, do total dos investimentos previstos para o Brasil este ano cerca de US$ 11 bilhões virão em forma de investimento direto. Ou seja, os recursos serão destinados ao setor produtivo. Isso irá representar um crescimento de 37,5% em relação aos investimentos diretos que ingressaram no país em 2003.
O estudo, divulgado na semana passado, informa ainda que os US$ 10,5 bilhões restantes entrarão no país através do mercado financeiro, como compra de ações e títulos e outro tipos de operações.
Do total dos investimentos programados para o mundo, a Ásia, de acordo com o IIF, deverá ficar com a metade dos US$ 196 bilhões que os investidores irão destinar aos países emergentes este ano.

