São Paulo – A feira de transporte e logística Intermodal terminou nesta quinta-feira (15), em São Paulo, após ter registrado aumento no número de expositores e de visitantes, segundo o diretor da mostra, Renan Joel. “O volume de visitantes cresceu, mas além de crescer, temos a leitura que recebemos um público mais qualificado”, disse o executivo à ANBA. Ele acrescentou que o total de expositores avançou 15% em relação à edição anterior. O número final de visitantes, porém, só será divulgado na próxima semana.
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Entre os diversos segmentos representados na feira, Joel contou que notou maior movimentação entre as operadoras portuárias. “Os portos estão começando a retomar a atividade depois de um período de retração”, afirmou. Este aquecimento, de acordo com ele, tem sido observado de um ano para cá e principalmente no transporte de contêineres, pois não havia ocorrido redução significativa no movimento de granéis, como grãos, por exemplo. O executivo ressaltou que esta retomada no trânsito de contêineres tem ocorrido tanto nas importações como nas exportações.
Operadoras portuárias de países árabes estavam entre os expositores da mostra. O Porto e Zona Franca de Sohar, de Omã, por exemplo, dividiu espaço com outras operações do Porto de Roterdã, na Holanda. O Porto de Sohar é administrado por uma joint-venture entre o governo omanita e o Porto de Roterdã.
A mineradora brasileira Vale tem instalações em Sohar, uma usina de pelotização de minério de ferro, área de armazenagem e um terminal marítimo. Os administradores do porto omanita querem atrair mais empresas brasileiras, principalmente do setor de alimentos.
Já a DP World Santos marcou presença com um estande próprio de grande porte. A empresa é uma filial da operadora portuária DP World, de Dubai, e administra um terminal de contêineres no Porto de Santos, em São Paulo. O empreendimento originalmente pertencia à DP World e à brasileira Odebrecht, e se chamava Embraport, mas a companhia de Dubai comprou a parte da sócia brasileira e mudou o nome.
Outra empresa com um pé no mundo árabe que estava presente na feira é a L.I.N.K., uma rede internacional de agentes de cargas. O diretor responsável pela participação da marca em exposições é Mark Fernandez, gerente-geral regional da Celerity Shipping, companhia com sede no Bahrein.
A rede, no entanto, reúne empresas de 65 países e o objetivo da participação na feira era atrair mais associados das Américas do Sul e Central. “Eu creio que em alguns meses teremos seis ou mais novos membros [destas regiões]”, disse o diretor responsável pela adesão de membros, Nick Driver, sobre o possível desenrolar das conversas realizadas durante o evento. “Foi fantástico”, acrescentou.
Aéreas
Joel, o diretor da feira, vê aumento também na demanda por transporte aéreo de cargas. “O modal aéreo cresce muito, mas é utilizado principalmente para transporte de produtos perecíveis ou mercadorias de alto valor”, declarou. Várias empresas aéreas estavam presentes na mostra, mas nenhuma do mundo árabe desta vez. A Emirates SkyCargo, de Dubai, participou de várias das edições anteriores do evento.
O executivo disse ainda que a feira cresceu também por ter se diversificado. Inicialmente mais voltada para o setor de transportes, a mostra passou a englobar vários segmentos ligados às atividades de logística, com o objetivo de oferecer todos os elos das cadeias de fornecimento. Além do transporte propriamente dito, isso envolve, por exemplo, desde expositores da área de tecnologia até indústrias de embalagens.