São Paulo – O site do jornal Khaleej Times, de Dubai, publicou na semana passada uma reportagem informando que um grupo de investidores do Golfo pretende angariar US$ 2,45 bilhões para financiar projetos no setor de ferro e aço no Oriente Médio.
O consórcio Foulath, formado pela unidade siderúrgica da Industries Qatar e pelo National Industries Group, do Kuwait, está negociando com dois outros grupos o financiamento uma usina siderúrgica de US$ 1,4 bilhão no Bahrein. A nova usina terá capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas ao ano, incluindo três tipos de aço.
O Foulath deverá construir a usina em parceria com uma subsidiária da companhia japonesa Yamato Kogyo. O projeto deve ser confirmado antes do fim do ano.
Como parte de seu plano de expansão, o grupo Foulath está buscando contratos semelhantes para a construção de duas usinas de pelotização de ferro, uma no Egito e outra em Omã, no valor de US$ 700 milhões cada.
Os países do Oriente Médio têm atuado forte na siderurgia. Segundo reportagem do jornal de negócio Emirates Business 24/7, também de Dubai, o faturamento com vendas da Emirates Steel Industries (ESI) cresceu 135% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao anunciar o resultado, o presidente da ESI, Hussain Al Nowais, afirmou que a companhia teve faturamento de 3 bilhões de dirhans (US$ 816,7 milhões) com vendas de janeiro a setembro de 2008, contra 1,3 bilhão de dirhans (US$ 353,9 milhões) no mesmo período do ano passado. "Este número deverá crescer ainda mais diante do boom imobiliário nos Emirados, principalmente em Abu Dhabi", disse Al Nowais.
O presidente da ESI afirmou que a produção total da empresa até o final do terceiro trimestre deste ano chegou a 770 mil toneladas de aço. O volume representa aumento de 43% sobre a produção no mesmo período em 2007, que foi de 540 mil toneladas.
A ESI investiu 16,6 bilhões de dirhans (US$ 4,5 bilhões) em expansão, incluindo a compra de laminadores para atender a demanda crescente por ferro e aço nos mercados local e regional. A companhia tem capacidade produtiva de 1,8 milhão de toneladas ao ano.
O vice-presidente de projetos da ESI, Ahmed Al Dhaheri, informou que a companhia concluiu recentemente a construção de uma usina com capacidade para produzir até 1,4 milhão de toneladas por ano. A unidade de fundição e as fornalhas estão em fase de testes, e deverão começar a produzir em janeiro.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

