Chegou a vez do transporte ferroviário nos Emiratos Árabes. A Etihad Railway e o consórcio italiano Saipem Maire Tecnimont firmaram um importante acordo em Abu Dhabi para promover o desenvolvimento ferroviário no emirado árabe. O documento prevê a construção de 265 quilômetros de ferrovia para o transporte de mercadoria no país. Será a primeira na história do emirado. Os investimentos serão de cerca de US$ 1 bilhão. Outros 600 quilômetros de ferrovia serão licitados na próxima semana. As informações são da agência Ansamed.
Infraestrutura
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou investimentos de mais de 6 bilhões de euros no Marrocos. A informação é do representante do grupo no país árabe, Amani Abou Zaid, e foi feita durante a quarta edição do Fórum Africano sobre Infraestrutura, que acontece em Marrakesh. A maior parte do valor será destinada à construção de estradas, aeroportos, portos, saneamento, água, telecomunicações e busca por fontes renováveis de energia. Os investimentos em andamento estão na casa dos 3 milhões de euros.
Educação
O conhecido programa Erasmus Mundus, que promove o intercâmbio de estudantes em toda a União Européia, será ampliado e quer envolver também os países da chamada primavera árabe. O Erasmus tem um budget anual de cerca de 66 milhões de euros e o seu papel tem sido importante no desenvolvimento da educação universitária e das trocas culturais entre as nações da UE. Com as mudanças recentes nas nações árabes do mediterrâneo, o programa pretende dar mais atenção a projetos que apóiem os países no atual processo de democratização.
Entre os programas que poderão ser sustentados pelo Erasmus estão: estimular a parceria de universidades da região com instituições européias para a realização de cursos de pós-gradução, bolsas individuais para estudantes ou pesquisadores das universidades parceiras e que queiram desenvolver parte da sua pesquisa em uma instituição européia etc.
Apoio
O governo espanhol anunciou uma ajuda de 352 milhões de euros aos países do Norte da África. A contribuição espanhola é destinada à sustentação dos novos governos democráticos da região _ que fazem parte do processo da primavera árabe _, a programas de combate à fome, proteção ambiental, criação de empregos e promoção de direitos humanos e da paz. O financiamento é reembolsável e será feito via Banco Europeu de Investimentos (BEI).
Saldo recorde
Este ano, as exportações brasileiras do agronegócio irão gerar uma receita superior a US$ 85 bilhões, um crescimento de mais de 12% em relação ao ano passado. As importações do setor este ano deverão chegar a US$ 15 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial será de US$ 70 bilhões _ US$ 7 bilhões a mais do que o superávit registrado no ano passado.
Desempenho
As projeções dos exportadores esta baseada no desempenho das vendas externas do setor que de janeiro a setembro deste ano somaram US$ 70,869 bilhões, um salto de 24,4 % em relação ao mesmo período de 2010. Ou seja, a receita superou em US$ 13,879 bilhões as exportações do mesmo período do ano passado. Para esse aumento, a Ásia contribuiu com 4.873 bilhões ou 35,1% do aumento das vendas. A UE com 23,9% ou US$ 3,318 bilhões e a África com 13,8%. Somados esses três destinos foram responsáveis por 72,8 do incremento das exportações no período.
Receita e volume
De acordo com o Ministério da Agricultura, as vendas externas do setor cresceram, em valor, para quase todos os blocos econômicos: África(44,2%); Oceania (43,8%); Ásia (26,6%), União Européia (22,15%). Se a receita aumentou o mesmo não aconteceu com o volume exportado. Dos cinco setores exportadores do agronegócio só em dois houve aumento no volume exportado: complexo soja (3,2%) e café (3,5%). Isso significa que a expansão de 24,4% nas vendas totais do agronegócio foi consequência da elevação do preço médio de exportação, que subiu em todos os principais setores exportadores do agronegócio.
Os árabes
Nos nove primeiros meses do ano, dentre os 20 principais países importadores de produtos do agronegócio brasileiro o Ministério da Agricultura, entre outros,chama atenção para a Argélia pelo fato de ter aumentando em 98% suas compras do Brasil. De fato, o país árabe comprou do Brasil este ano US$ 1,091 bilhões contra os US$ 549,74 bilhões que importou no ano passado. De janeiro a setembro,outros dois países árabes também aumentaram significativamente suas importações de produtos do agronegócio brasileiro: Árabia Saudita, 29% e Emirados Árabes Unidos, 31,4%.
*em colaboração com Joel dos Santos Guimarães