Brasília – O investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 2,643 bilhões no Brasil em julho e acumulou US$ 14,701 bilhões nos sete meses do ano, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira (23). O resultado do mês passado ultrapassou a projeção do BC para o período, que era de US$ 2 bilhões. Em julho de 2009, esse tipo de investimento chegou a US$ 1,287 bilhão e nos sete meses do ano passado ficou em US$ 13,953 bilhões.
O Brasil também registrou, segundo o BC, déficit em transações correntes – operações de compra e venda de mercadorias e serviços feitas com o exterior – de US$ 4,499 bilhões, em julho. Esse resultado é maior do que o projetado pelo BC para o período, que era de US$ 3,7 bilhões, e do que o registrado em julho do ano passado, US$ 1,623 bilhão. Nos sete primeiros meses do ano, o déficit em conta-corrente foi de US$ 28,261 bilhões, contra os US$ 8,8 bilhões bilhões registrados de janeiro a julho do ano passado.
Nesta segunda-feira também foi divulgada a estimativa de analistas do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Ela oscilou de 7,09% para 7,10%, neste ano. Para 2011, permanece a expectativa de 4,5%, há 37 semanas seguidas, segundo Banco Central.
A expectativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, passou de 11,57% para 11,49%. Para o próximo ano, a previsão de expansão da produção industrial foi mantida em 5%. A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB permaneceu em 40,77% em 2010 e em 39,50% em 2011. A expectativa para a cotação do dólar também não foi alterada: R$ 1,80, ao final deste ano, e R$ 1,85, ao fim de 2011.

