São Paulo – O fluxo global de investimento estrangeiro direito (IED) subiu 3% em 2023 sobre 2022, para US$ 1,37 trilhão. A estimativa é da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) e mostra que, de forma geral, os investimentos foram menores nas nações em desenvolvimento. No Brasil, a queda foi de 22% de 2022 para 2023. Na foto acima, construção em Dubai.
O documento “Monitor de tendências de investimentos” divulgado nesta quarta-feira (17) pela Unctad indica que, no ano passado, o fluxo de IED para países desenvolvidos somou US$ 841 bilhões, em queda de 9% em comparação com 2022. Houve um aumento na União Europeia, que registrou ingresso de US$ 141 bilhões em 2023, diante de queda de US$ 150 bilhões no ano anterior.
A maior parte deste montante que ingressou na UE foi destinada a nações com redução de impostos, sobretudo Luxemburgo e Holanda. O documento destaca queda nos fluxos de investimentos para as principais economias, como Estados Unidos e China, União Europeia (quando descontados Luxemburgo e Holanda) e Índia.
Para os Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, houve ampliação dos investimentos estrangeiros no que a Unctad considera projetos novos, ainda sem estrutura (greenfield, na expressão utilizada em inglês). Para os Emirados, a expansão foi de 28% e, para a Arábia Saudita, a alta foi de 63% neste segmento dos investimentos. Na África, o fluxo de investimento caiu 1%, para estimados US$ 48 bilhões, mas com ampliação dos aportes em projetos greenfield no Marrocos, Quênia e Nigéria. Se as tendências do levantamento se concretizarem, o fluxo de IED para o Brasil terá caído 22% de 2022 para 2023, para estimados US$ 67 bilhões.