Brasília – No primeiro bimestre deste ano, o investimento estrangeiro direto (IED) chegou a US$ 7,517 bilhões no Brasil contra US$ 9,051 bilhões em igual período de 2012. Somente em fevereiro, o país recebeu US$ 3,814 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. A instituição manteve a estimativa de IED em US$ 65 bilhões para o ano, o que deve corresponder a 2,68% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado não será mais suficiente para cobrir o saldo negativo das transações correntes, que deve ficar em US$ 67 bilhões este ano. Em relação ao PIB, o saldo negativo será 2,76%, ante 2,72% da estimativa anterior.
Apesar do aumento do saldo negativo das transações correntes, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, enfatizou que a principal fonte de financiamento do déficit continuará sendo o investimento estrangeiro direto. De acordo com ele, esse tipo de investimento é melhor porque se incorpora à atividade produtiva, gera renda e emprego. "Mas naturalmente, empréstimos, captações de longo prazo são um fator sempre presente", disse.
A projeção do BC para o investimento estrangeiro em ações negociadas em bolsas de valores do Brasil e do exterior passou de US$ 5 bilhões para US$ 10 bilhões. A estimativa para o investimento em títulos no país permaneceu em US$ 5 bilhões.
No primeiro bimestre, os investimentos em ações ficaram em US$ 5,301 bilhões contra US$ 5,063 bilhões, registrados nos dois primeiros meses do ano passado. Em fevereiro, esses investimentos chegaram a US$ 1,985 bilhão.

