Erbil – O ministro da Indústria do Iraque, Fawzi Hariri, afirmou hoje (18) na abertura da Feira Internacional do Curdistão, em Erbil, que o Iraque é o país das oportunidades. A feira, que tem 850 expositores de 30 países, é uma das mais importantes do país. “Esse é um evento muito representativo porque deverão ser assinados diversos contratos de negócios”, disse Hariri.
Em seu discurso, ele chamou todos os empresários presentes a investir no Iraque e ficar de olho nas diversas oportunidades que o país apresenta. A forte presença internacional no evento chamou a atenção do primeiro-ministro do Curdistão, Barham Saleh, que também participou da cerimônia de abertura. “A participação de tantos países é um sinal de confiança no desenvolvimento econômico do Curdistão”, afirmou.
De acordo com ele, o Curdistão é uma porta de entrada para o Iraque. A região iraquiana fez novas leis de investimentos para atrair empresas estrangeiras. “Esperamos que a feira traga parcerias entre governos e empresas do setor privado. Acredito que, assim, podemos trazer mais prosperidade para o Iraque”, disse Saleh.
A feira, que é multissetorial, traz empresas de setores como alimentos, eletrônicos, têxtil, equipamentos médicos, telecomunicação, construção, moda, entre outros. Do Brasil, o evento conta com dois estandes, um da embaixada do Brasil no Iraque e outro da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que traz duas empresas, a Fanem, de incubadoras e equipamentos hospitalares, e a Vila Rica, de móveis para sala e dormitórios. O secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, está representando a entidade no evento.
Segundo o embaixador do Brasil no Iraque, Bernardo de Azevedo Brito, além do Curdistão ser uma porta de entrada para o Iraque, a região apresenta segurança e pode ser uma base de treinamento para as empresas brasileiras que precisam oferecer apoio técnico e logístico para seus representantes no Iraque.
A organização da feira espera receber 60 mil visitantes do Oriente Médio, Ásia e Europa. Os maiores pavilhões no evento são da Turquia, Irã e Alemanha, com mais de 40 empresas em cada.
Parceria com o Brasil
Albert G. Aoun, presidente da empresa organizadora da feira, a International Fairs and Promotions (IFP), visitou o estande do Brasil no evento e afirmou que o país tem muita chance de entrar no mercado iraquiano. Segundo ele, na década de 80, o Iraque era um grande parceiro do país, comprando automóveis, alimentos e equipamentos de defesa. “O Brasil tem grandes chances de voltar a ter relações comerciais mais significativas com o Iraque”, afirmou Aoun.
De acordo com ele, o grupo IFP tem ótimas relações com o Brasil, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), Câmara Árabe e da Conceito Feiras e Negócios, que representa o grupo no Brasil. Nos últimos três anos, a IFP tem organizado diversas rodadas de negócios nos países árabes para reunir empresários árabes e brasileiros.
Na próxima missão comercial liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que será realizada no final de novembro para Síria, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar e Kuwait, Aoun disse que a IFP também estará responsável pela organização das rodadas de negócios nas capitais.