São Paulo – O Iraque quer ampliar a presença de empresas brasileiras em seu mercado. Esse foi o tema de visita de Adel Alkurdi, embaixador do país árabe em Brasília, à Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, nesta quinta-feira (19). O diplomata foi recebido por Marcelo Sallum, presidente da entidade, e Michel Alaby, diretor-geral. O diplomata estava acompanhado de Fareed Sabak, empresário iraquiano residente no Brasil.
“A Câmara Árabe costuma promover atividades no Iraque, especialmente na região do Curdistão, como a promoção da feira [internacional de Erbil] junto a empresas brasileiras. Nós gostaríamos que estas relações se estendessem a outras regiões do Iraque, especialmente Bagdá”, afirmou Alkurdi.
Segundo ele, a capital iraquiana é um lugar seguro para se participar de eventos e fazer negócios. Para o diplomata, é importante que as empresas do Brasil participem de mostras como a Feira Internacional de Bagdá, evento multissetorial que ocorre anualmente. “Muitas empresas europeias e árabes participam dessa feira e atuam em Bagdá em vários setores. É uma cidade segura”, destacou.
Alkurdi falou também sobre a boa relação comercial existente entre Brasil e Iraque. “O Iraque está entre os primeiros países importadores de produtos brasileiros variados. O povo iraquiano prefere os produtos brasileiros a produtos de outros países por causa de sua qualidade. Os produtos brasileiros entram no mercado iraquiano desde a década de 1970 e já são reconhecidos pelo povo iraquiano”, declarou.
De acordo com o diplomata, as empresas iraquianas têm interesse na formação de sociedades com companhias brasileiras, o que ele considera um bom caminho para que os brasileiros passem a acessar o mercado do país árabe.
Segundo o embaixador, os principais setores nos quais o Iraque gostaria de atrair a parceria de empresas brasileiras são energia, petróleo, lácteos, couros, equipamentos e produtos médicos, cimento e açúcar.
Exportações
As exportações do Brasil ao Iraque renderam US$ 25,2 milhões no primeiro bimestre de 2015, um aumento de 29,5% sobre o mesmo período do ano passado. Os principais itens embarcados foram tubos de ferro ou aço, carne de frango, açúcar, tratores para obras e sacos para embalagens, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


