Da redação
São Paulo – O Itamaraty está organizando uma missão empresarial ao Sri Lanka, que ocorrerá nos dias 29 e 30 deste mês. A iniciativa da viagem surgiu após um encontro entre o primeiro-ministro cingalês, Ranil Wickremesinghe, e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em Nova Delhi (Índia) em outubro do ano passado.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, Wickremesinghe manifestou interesse de que empresas brasileiras participem do processo de reconstrução de seu país, assolado por 20 anos de guerra civil, orçado em US$ 4,5 bilhões.
Prospecção comercial feita pelo Itamaraty mostra que existe grande potencial de negócios para os setores de aeronaves, petróleo e derivados, turbo-reatores, máquinas a acessórios para processamento de dados, aparelhos transmissores, automóveis e outros veículos, ouro, fumo, televisores em cores e medicamentos.
Segundo informações do ministério, 19 representantes de 15 empresas brasileiras já confirmaram participação na missão. Nesta lista estão companhias que atuam nos segmentos de tecnologia da informação, moda, brinquedos, eletroeletrônicos, indústria aeroespacial, máquinas e equipamentos, jurídico, bancário, químico, logística de transportes, ferramentas, seda, educação e cultura.
Balança
O comércio do Brasil com Sri Lanka ainda é pequeno. No ano passado, segundo informações da Secretária de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou para lá o equivalente a US$ 17,6 milhões e importou pouco mais de US$ 2,8 milhões. No entanto, tendo em vista os recursos destinados à reconstrução do país asiático, o Itamaraty espera que esse intercâmbio venha a ter um “considerável incremento”.
Hoje, de acordo com o ministério, a pauta de exportações do Brasil para o Sri Lanka está concentrada em açúcar e papel cartão (66% do total), mas o Itamaraty acredita que pode haver diversificação nessa pauta com a inclusão de produtos de “alto valor agregado” e serviços.
O Sri Lanka, segundo o Itamaraty, vem tendo um “significativo” crescimento econômico nos últimos anos, sendo que entre 1991 e 2000 o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou em média em 5,2%.
O Ministério informou ainda que em 2002 o crescimento dessa economia foi de 4% ,impulsionado principalmente pelo setor de serviços, e de janeiro a abril de 2003 houve um crescimento de 5,5%, sendo que os principais destaques foram os segmentos de telecomunicações e turismo. Estima-se que economia do país vai crescer 6,5% em 2004.
O Itamaraty informou também que o Sri Lanka é o maior produtor mundial de chá, mas produz também arroz, borracha, coco e temperos. A indústria fabrica produtos têxteis, vestimentas, artigos de couro, alimentos processados, químicos, petróleo refinado e artigos de madeira, metal e papel. Os principais recursos naturais são pedra calcária, grafite, argila, areias, gemas, fosfato e hidroeletricidade.
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