São Paulo – O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil realiza a partir desta segunda-feira (16), a terceira edição do “Curso em Gestão da Cooperação Sul-Sul e Trilateral”, que tem o objetivo de fortalecer a capacidade de gestão da cooperação internacional. Representantes de 40 países irão participar do evento, que é realizada e financiada em parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e pelo escritório das Nações Unidas para a cooperação Sul-Sul.
Segundo informações divulgadas pelo Itamaraty, o curso promove a troca de experiências em temas como comunicação, gestão de recursos humanos, arcabouço institucional, coordenação institucional e gestão de projetos de desenvolvimento.
Desta edição do treinamento irão participar Argélia, Argentina, Bangladesh, Benin, Burundi, Cabo Verde, Chile, China, Cingapura, Colômbia, Egito, El Salvador, Filipinas, Fiji, Gana, Guatemala, Haiti, Honduras, Irã, Malaui, México, Marrocos, Mianmar, Moçambique, Nepal, Nicarágua, Peru, Quênia, República Dominicana, República Democrática do Congo, Ruanda, Samoa, São Tomé e Príncipe, Sudão, Tailândia, Timor Leste, Tunísia, Turquia, Uganda e Vietnã.
Gerente de coordenação bilateral da ABC, Juliana Campos Fronzaglia afirmou à ANBA que o curso é parte de um projeto criado em 2012 e que terá fim em 2016 e tem o objetivo de fortalecer a cooperação sul-sul. Os temas e trocas de experiências que serão aplicados no treinamento foram propostos em parceria entre os países participantes. “É preciso que todos se apropriem desta cooperação. É preciso que se fortaleçam e desenvolvam suas capacidades”, afirmou.
Órgãos do governo brasileiro cederam profissionais para apresentar palestras e experiências aos participantes do curso. Alguns destes órgãos são a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Ministério da Integração Nacional e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). A maior parte dos profissionais que receberão o curso são diplomatas, mas há também integrantes de agências de cooperação e de ministérios das finanças e do planejamento dos países que virão.
A primeira edição do projeto foi realizada em março de 2013 e a segunda edição, em novembro do mesmo ano, em Brasília. O Itamaraty afirma que o Brasil se tornou “referência” nos projetos de cooperação ao intensificar a cooperação Sul-Sul, que prevê parcerias para o desenvolvimento entre países emergentes e a cooperação trilateral, em que há a cooperação sul-sul em parceria com agências ou organismos multilaterais estrangeiros. Essas iniciativas, afirma o documento, têm foco no desenvolvimento de capacidade e fortalecimento institucional de países parceiros. O curso termina na sexta-feira (20).


