Da redação*
São Paulo – A economia da Jordânia tem fundamentos sólidos e é capaz de resistir a choques regionais e internacionais, além de crescer de maneira sustentável. Esta é a avaliação do presidente do banco central do país árabe, Wmayyah Touqan. "A economia da Jordânia caminha na direção certa" disse Touqan durante uma palestra na Associação dos Exportadores da Jordânia, segundo a agência de notícias oficial do país, Petra.
De acordo com a Petra, Touqan afirmou que o produto interno bruto (PIB) jordaniano cresceu 7,2% em 2005 e este ano deverá crescer entre 5% e 6%. O presidente do banco central acrescentou que a inflação foi mantida em 3,5% ao ano e as reservas internacionais passaram de US$ 5 bilhões.
Segundo Touqan, a dívida pública diminuiu e o aumento do déficit orçamentário do país foi amenizado por meio de um controle maior dos gastos públicos e do crescimento das receitas. O déficit em conta corrente, por sua vez, foi coberto com investimentos estrangeiros.
Touqan acredita que o crescimento econômico sustentável, reformas no sistema financeiro, uma política monetária responsável e leis modernas para incentivar os investimentos, vão criar uma base sólida para a estabilidade econômica e financeira do país.
O país e seu comércio com o Brasil
A Jordânia está localizada no Oriente Médio no extremo norte da Península Arábica. Ela faz fronteira com a Arábia Saudita ao sul, com a Síria ao norte, com o Iraque a oeste, com Israel e a Palestina a leste e tem saída para o Mar Vermelho por meio do Golfo de Ácaba.
O país tem uma população de 5,8 milhões de pessoas e um PIB de US$ 12,2 bilhões. Suas principais indústrias são a química, de cosméticos, têxtil e a mineração, sendo o maior exportador mundial de fosfatos.
A corrente comercial com o Brasil chegou a US$ 33,6 milhões entre janeiro e maio deste ano, sendo quase US$ 32 milhões em exportações brasileiras e US$ 1,6 milhão em vendas jordanianas.
Os principais produtos embarcados pelo Brasil ao país árabe são chapas e tiras de alumínio, chassis com motor para veículos, carne de frango, carne bovina e papel kraft. Na outra mão, as mercadorias mais vendidas pela Jordânia são resíduos de alumínio, fertilizantes, raticida, cloreto de potássio e nitrato de potássio.
*Tradução de Sílvia Lindsey com informações da redação da ANBA