São Paulo – A fabricante brasileira de equipamentos de armazenagem Kepler Weber começou a implementar um plano para aumentar as suas exportações e torná-las mais competitivas. A estratégia, que incluirá o Oriente Médio e Norte da África, consiste em encontrar parceiros locais, na região ou no próprio país no qual a Kepler vende os seus projetos, para fornecer elementos periféricos como torres metálicas, passarelas e tubulações.
“Não vamos terceirizar o que é o core (business) da empresa”, esclarece o gerente de exportações da Kepler Weber, Antônio Campos, a respeito dos silos e secadores. Os equipamentos periféricos representam de 15% a 20% de um projeto, e na exportação, ocupam boa parte do navio. Com o fornecimento deles no país importador, deve haver uma redução do custo logístico e também sobrar mais espaço nas fábricas da Kepler Weber para produção de itens principais.
Muitas das matérias-primas dos itens periféricos são importadas. Para exportação, elas são trazidas ao Brasil, os produtos são fabricados e depois voltam ao exterior. A ideia é reduzir esse processo. Campos não descarta que essas parcerias tragam oportunidades de negócios futuras e novas tecnologias. Mas o foco inicial é reduzir custo e poder ser mais competitivo.
A Kepler Weber já tem uma empresa parceira, na Turquia, e começará a trabalhar com ela como projeto piloto. Os trâmites foram concluídos há cerca de três meses, mas o trabalho conjunto deve começar no ano que vem, segundo Campos. A parceria foi definida após um longo processo, no qual a Kepler avaliou várias empresas, verificou as matérias-primas utilizadas, a qualidade dos produtos, a compatibilidade de softwares, entre outros quesitos.
A empresa turca poderá atuar não apenas em projetos no seu país, mas também nas redondezas. Isso ocorrerá também com as que forem selecionadas no futuro, mas a Kepler Weber verificará a viabilidade em cada caso, levando em conta, por exemplo, a questão fiscal.
A indústria já estuda algumas possíveis empresas parceiras na Arábia Saudita e Egito. Entre os árabes ela também deverá procurar fornecedores nos Emirados. Os países são cogitados em função de terem parque fabril na área. Também está nos planos, mas ainda sem prazos, a implementação do projeto na América Latina, que responde por 70% a 80% das exportações.
A região do Oriente Médio e Norte da África significa cerca de 5% do mercado externo da empresa. A Kepler Weber vem aumentando sua atuação no mundo árabe. Atualmente, os principais mercados da empresa na região são Egito, Emirados, Arábia Saudita, Jordânia e Iêmen. A companhia tinha bons negócios em outros países árabes, como a Síria e Iraque, antes de começarem os problemas políticos e sociais. Segundo Campos, a empresa também não perde de vista mercados como Líbia, Argélia e Marrocos, que considera como potenciais.
A Kepler Weber é líder no mercado brasileiro em armazenagem de grãos. A receita líquida da empresa cresceu 76% no segundo trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 226,7 milhões, e o lucro líquido avançou 188,2% para R$ 25,1 milhões.
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