São Paulo – O governo do Kuwait pretende investir seus petrodólares em uma série de megaprojetos nos próximos cinco anos, incluindo um novo pólo empresarial chamado Silk City ("Cidade da Seda"). A informação foi divulgada pela agência de notícias France Presse (AFP).
O país vai investir 35 bilhões de dinares do Kuwait (US$ 131,2 bilhões) em um total de 1.095 projetos. As obras deverão incluir a Silk City, um porto, uma ferrovia e uma malha metroviária. As metas do país são diversificar sua economia, reduzindo a dependência do petróleo, e tornar-se um centro comercial e financeiro da região.
O plano de cinco anos é o primeiro do governo kuwaitiano em mais de 20 anos e tem como objetivo "aumentar o Produto Interno Bruto (PIB), diversificar as fontes de renda do país e colocar o setor privado à frente da economia doméstica", informou o jornal sírio Al Rai, que divulgou o plano.
O plano qüinqüenal ainda precisa da aprovação do parlamento do país para ser implementado. O governo do Kuwait deverá enviar o projeto para discussão no mês que vem.
Silk City
O plano de desenvolvimento inclui o financiamento de parte do projeto Silk City (Madinat al-Hareer, em árabe), avaliado em US$ 77 bilhões. O objetivo é que a Silk City se transforme no equivalente da antiga Rota da Seda, que unia a Ásia Central à Europa.
A Silk City ficará no norte do Kuwait, na região de Subbiya, perto da fronteira com o Iraque. Com conclusão prevista para 2030, a cidade terá cerca de 700 mil habitantes e deve gerar 450 mil empregos.
Ainda de acordo com o jornal Al Rai, a cidade vai contar com o edifício mais alto do mundo – o Burj Mubarak al-Kabir, que, com 1.001 metros de altura, deve ultrapassar o Burj Dubai -, reservas naturais, zonas francas, uma cidade empresarial, centros turísticos incluindo resorts e hotéis, uma série de "cidades" voltadas para segmentos como esporte, cultura, meio-ambiente e cinema, instalações voltadas para saúde e educação, e vai sediar feiras comerciais e fóruns internacionais.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

