São Paulo – O subsecretário interino do Comércio e Indústria do Kuwait, Mohammed Al-Enezi, visitou a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (06). Após ter participado do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, que ocorreu no início da semana, Al-Enezi se reuniu com o presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi, e com o secretário-geral da entidade, Tamer Mansour. Na foto acima, Al-Enezi (dir.) e Chohfi (esq.).
Participaram da reunião os representantes do ministério kuwaitiano Ibrahim Khaledi, Ibrahim Attura e Tammy Al Muteri, além da diretora de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar, e do Relações Públicas da Embaixada do Kuwait em Brasília, Mario Neri.
Chohfi apresentou a história e o trabalho da Câmara Árabe, que completou 70 anos de fundação. Ele lembrou que no início, o Brasil era um grande exportador de café e os países árabes, de petróleo, e que ao longo das décadas foram expandindo suas relações comerciais com outros produtos, mas ainda há espaço para a diversificação da pauta.
“O Kuwait tem investimentos no Brasil, isso é algo que pode ser discutido e há boas perspectivas de novos investimentos. Vamos tentar encontrar produtos brasileiros que sejam competitivos no seu mercado e produtos kuwaitianos que sejam competitivos no Brasil”, disse Chohfi, colocando a Câmara Árabe à disposição para ajudar no que for necessário.
Al-Enezi disse que ficou muito contente em visitar a entidade e ver de perto o trabalho intenso que está sendo realizado. “Nossa visita tem grande importância porque veio após a visita do secretário [de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil] Flávio Rocha ao Kuwait, onde o assunto principal da pauta foi a segurança alimentar”, disse o subsecretário.
Ele reafirmou a forte relação que o Kuwait tem com o Brasil desde os anos 1960, e propôs que se busquem meios para alavancar essa relação para alcançar patamares maiores. “Desde a fundação do nosso país [em 1961] o Kuwait tem uma relação tão saudável com o Brasil. Nós queremos principalmente que o comércio seja mais forte, porque os números que temos hoje não representam o potencial real dessa relação nem da idade dessa relação tão antiga, e queremos explorar outras áreas de intercâmbio, na pesquisa, na educação e na ciência”, declarou.
Cerca de 60% do frango consumido no Kuwait vem do Brasil, informou o subsecretário, sugerindo que a pauta seja mais diversificada para outros produtos além das aves. Ele também demostrou interesse em ampliar as compras de gado vivo. O kuwaitiano sugeriu ainda que seja realizada uma missão comercial com empresários kuwaitianos ao Brasil em setembro.
Para Al-Enezi, o comércio é muito importante, mas não é tudo. “É preciso também fortalecer as relações entre os nossos povos, podemos relembrar a visita do time do Santos [Futebol Clube] e de Pelé ao nosso país”, disse.
Ao final do encontro, o subsecretário interino entregou um presente ao embaixador Osmar Chohfi, um barco feito à mão no Kuwait, símbolo do país e que representa a história kuwaitiana no comércio marítimo. “Ele também é um símbolo de que nossa relação será um sucesso”, disse Al-Enezi.