São Paulo – O embaixador do Kuwait no Brasil, Ayadah Alsaidi, informou que o país quer fechar três novos acordos com o Brasil. “Estamos nos esforçando para finalizar estes novos acordos que estão atualmente em processo de consulta”, disse, se referindo ao Acordo de Intercâmbio de Informações Fiscais (TIEA, na sigla em inglês), ao Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), e ao acordo de isenção de visto para titulares de passaportes diplomáticos e privados (especiais). Neste acordo, portadores de passaportes comuns ainda precisariam de visto, mas segundo a embaixada, seria um primeiro passo para mais adiante isentar todos os brasileiros.
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Segundo a autoridade kuaitiana, atualmente existem nove acordos entre o Kuwait e o Brasil em diferentes áreas, entre cooperações econômicas, educacionais e esportivas; cooperações técnicas e artístico-culturais; de transporte aéreo e meio ambiente.
Papel de mediador
O embaixador contou que “o Kuwait adota uma política de diplomacia pacífica com vários países do mundo, e de não interferência nos assuntos internos dos mesmos, e busca mediar os desentendimentos entre os países da região por meios pacíficos e com diálogo”.
Em janeiro, o país assumiu a posição de membro não permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). “O Kuwait se esforçará para continuar nesta posição, aproximando os pontos de vista e resolvendo os desentendimentos de forma pacífica”, completou Alsaidi.
O embaixador informou ainda que o país tem “um papel importante no apoio a governos e povos necessitados em áreas de desenvolvimento, através do Fundo Kuwait para o Desenvolvimento Econômico Árabe”, e mencionou que diversas conferências humanitárias foram organizadas pelo país, sendo três delas para ajudar a Síria.
A mais recente foi a Conferência Internacional para a Reconstrução do Iraque, em fevereiro, que teve cobertura especial da ANBA e arrecadou US$ 30 bilhões em investimentos, sendo US$ 2 bilhões do Kuwait.
Comemorações
Houve uma grande recepção para comemorar o dia Nacional do Kuwait na Embaixada em Brasília, no final de fevereiro. A data se refere aos 57 anos da independência do Kuwait e aos 27 anos da libertação do Iraque. Além disso, este ano o país completou 50 anos de relações diplomáticas com o Brasil.
“As celebrações deste ano foram particularmente importantes, pois coincidiram com o quinquagésimo aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Kuwait e o Brasil”, disse Alsaidi.
O embaixador informou que ao longo deste meio século foram estabelecidas relações especiais e positivas em diversas áreas, entre elas na política, cultura, esporte e economia, entre outras. “Essas relações são baseadas em princípios de mútuo entendimento e respeito e com base no respeito às resoluções das Nações Unidas e à implementação das recomendações dos organismos internacionais”, informou.
A comemoração em Brasília contou com a presença de autoridades brasileiras, como o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun; o ministro do Esporte, Leonardo Picciani; o ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima; o diretor geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, entre outros representantes governamentais, diplomatas, empresários e jornalistas.
Durante a recepção, os convidados do país do Golfo puderam conhecer um pouco do patrimônio e alguns aspectos culturais do país, em uma exposição de livros, publicações e panfletos kuaitianos.
Na ocasião, Alsaidi disse que seria um prazer participar do Fórum Econômico Brasil-Países Árabes, a ser realizado pela Câmara Árabe no dia 02 de abril em São Paulo.



