São Paulo – O Kuwait vai aplicar US$ 35 bilhões no setor petrolífero nos próximos quatro anos, segundo informou o ministro do petróleo do país, Ahmed Abdullah Al Sabah, ao jornal The National, do país árabe. Os planos incluem a construção de uma quarta refinaria, projeto que ainda depende da aprovação final do congresso.
"O investimento será grande", declarou Al Sabah, que é também o presidente da Corporação Petrolífera do Kuwait (KPC), ao jornal. O governo do Kuwait também pretende modernizar e ampliar sua capacidade de produção e suas refinarias já em operação, em um projeto denominado Combustíveis Limpos.
O início das obras de construção da quarta refinaria estava prevista para março do ano passado, na cidade de Al Zour, mas o governo cancelou o projeto devido a pressões parlamentares. A nova refinaria, cuja meta é processar 615 mil barris de petróleo com altos teores de enxofre ao dia, foi barrada pelo Parlamento do Kuwait devido ao seu crescente custo de desenvolvimento.
O Projeto Combustíveis Limpos prevê a modernização das refinarias do país para que produzam petróleo mais leve e para recuperar o espaço perdido com o baixo investimento nos últimos anos. Pelo projeto, a capacidade conjunta das refinarias de Mina Abdullah e Mina Al Ahmadi será ampliada dos atuais 730 mil barris ao dia para 800 mil barris ao dia. Segundo Al Sabah, ambos os projetos devem estar operando em capacidade total em quatro a cinco anos.
De acordo com o professor assistente do departamento de engenharia química da Universidade do Kuwait, atualmente nenhuma das refinarias do país é capaz de produzir derivados do petróleo quase livres de enxofre, comprados pela Europa, Ásia e Estados Unidos.
“Todos os importadores desejam o menor volume de enxofre possível," declarou Mahdi, explicando que atualmente regulamentações ambientas estão cada vez mais rígidas. O meio ambiente do Kuwait sofre com a combustão de petróleo pesado e o governo do país está trabalhando para que sejam produzidos combustíveis mais limpos, acrescentou Mahdi.
Os novos projetos que serão desenvolvidos no Kuwait também ajudarão o país a não perder espaço excessivo para seu vizinho do norte, o Iraque, que está ampliando sua capacidade. A meta do país é se transformar em um dos grandes produtores globais. “Estamos de olho, observando cuidadosamente o que o nosso vizinho faz, mas não interferimos em seus assuntos internos", disse Al Sabah. “O que eles decidem, é decisão deles", completou.
*Tradução de Mark Ament

