São Paulo – A Líbia pretende privatizar nove empresas nos próximos meses. Entre elas estão a siderúrgica Libyan Iron and Steel Company (Lisco) e uma fábrica de refrigerantes que fica na periferia da capital, Trípoli. De acordo com informações da agência de notícias africana Panapress, o ministro da Indústria da Líbia, Suleyman Al-Faytouri, fez o anúncio no fim de semana e disse que o governo irá avaliar o valor de cada negócio antes da venda.
“Vamos determinar o valor destas empresas e de outras sete unidades industriais antes de tomarmos uma decisão. Achamos que o trabalho vai demorar três meses”, afirmou o ministro em uma entrevista coletiva. Ele não revelou quais serão as outras sete companhias que serão repassadas à iniciativa privada.
Em 2013, a produção da siderúrgica que será colocada à venda foi reduzida devido a cortes no fornecimento de energia elétrica. Localizada em Misrata, a 210 quilômetros de Trípoli, a Lisco está entre as maiores empresas do setor no Norte da África. Quando opera com toda a capacidade, produz 1,32 milhão de toneladas de bobinas e folhas laminadas, aço galvanizado e blocos de aço, entre outros itens.
Segundo informações da própria companhia, a Lisco exporta para Jordânia, Marrocos, Egito, Catar, Tunísia, Espanha, Itália, França, Grécia e Turquia.
Campos de petróleo
Enquanto prepara a privatização de algumas empresas, o governo Líbia tenta retomar a produção de petróleo, sua maior fonte de receita. No domingo, rebeldes que haviam interrompido a produção no campo petrolífero de Al-Charara, no sul da Líbia, permitiram que a atividade fosse retomada. A expectativa da Companhia Nacional de Petróleo (NOC, na sigla em inglês) é que a produção neste campo atinja sua capacidade máxima, de 340 mil barris por dia, ainda esta semana.
Outros campos de petróleo e dois portos foram tomados por rebeldes de diversas milícias em todo país, o que levou a produção a cair de aproximadamente 1,5 milhão de barris por dia para 250 mil barris diários, segundo a Panapress. De acordo com o Ministério do Petróleo, as interrupções na produção de petróleo já provocaram perdas de US$ 9 bilhões.


