São Paulo – Uma delegação de empresários da Líbia veio ao Brasil nesta semana para conhecer de perto empresas e cooperativas que produzem diferentes commodities. Na lista de interesse dos executivos, estão açúcar, café verde, carne bovina, frango congelado, peixes e frutos do mar.
O CEO e cofundador da Derrat Holding Group (DHG), Hussien Edarrat, e o executivo Mohamed Trogh, estão pela primeira vez no País e ficarão por uma semana em busca de contatos de exportadores. Os empresários começaram a agenda visitando a feira supermercadista Apas Show, nesta quarta-feira (17), onde foram recebidos pela equipe de Consultoria internacional da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Leonardo Machado e Thomas Fisch. A Câmara Árabe tem estandes em três pavilhões da mostra, onde empresas árabes estão expondo.
“Na feira há mais marcas com produtos já industrializados, vimos muitas coisas interessantes. Mas queremos fazer reuniões com empresas que exportam grandes volumes de carnes bovina e de frango congeladas, açúcar mascavo e café verde”, explicou Edarrat.
O grupo tem sob seu guarda-chuva em torno de 40 companhias em diferentes segmentos. Os negócios da DHG incluem setores como alimentos até construção e serviços. Baseado em Trípoli, o grupo distribui produtos por todo o país árabe, principalmente no sul.
Do Brasil, eles têm hoje pelo menos um fornecedor, de batata frita congelada, mas querem ampliar esse leque. “Nosso principal propósito aqui no País é fazer bons contatos para fechar negócios”, disse Trogh.
Além do setor privado, também há no grupo executivos da Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura de Trípoli. Omar Said, gestor do comitê de membros da instituição, e Fateh R. Karra, membro da diretoria, também estão fazendo contatos com empresários brasileiros durante a Apas Show. “Estamos procurando entender mais sobre a qualidade e como facilitar os negócios e o transporte de produtos entre nossos países. E falar sobre o que precisamos como, por exemplo, carnes halal, com certificação. Além disso, o governo da Líbia tem uma lista com restrições e indicações sobre quantidades de ingredientes, em busca de alimentos mais saudáveis”, disse Said.
Por outro lado, os líbios enfatizaram que a experiência que estão tendo servirá para levar mais informações sobre o Brasil aos árabes. “Eu e meu colega vamos levar conosco muitos cartões de visita e contatos. E podemos explicar para os empresários líbios que eles podem viajar ao Brasil. Para nós, é um país com um povo amigável, é seguro, os negócios estão crescendo. Isso é muito importante de se dizer. Também queremos dizer que nesse momento Trípoli está muito segura e esperamos que as empresas brasileiras que já trabalharam na Líbia possam voltar para lá”, concluiu o gestor.
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