Os presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e chilena, Michele Bachelet, em sua qualidade, respectivamente, de coordenador do ASPA (América do Sul-Países Árabes) e presidente da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), discursaram na inauguração nesta terça-feira da segunda reunião de cúpula de países árabes e sul-americanos, que tem a participação de oito chefes de Estado da América do Sul.
"Devemos aprender com os erros cometidos nas crises anteriores e demonstrar aos milhões de cidadãos e cidadãs de nossos povos que os países sul-americanos e árabemos estão caminhando juntos", acrescentou.
Por sua parte, Lula disse que "o mundo estará atento para saber se a América do Sul e os países árabes são capazes de tomar medidas que evitem que a crise financeira se transforme em um terreno social e político".
"Nenhum país conseguirá superar a crise com medidas isoladas. Sem solidariedade e espírito de cooperação, não poremos em prática ações coletivas e ordenadas indispensáveis", acrescentou.
Lula avisou também que "as medidas de estímulo das economias não devem redundar em práticas protecionistas".
Finalmente, o presidente brasileiro fez referência à questão paletina: "Não pode ser que, depois de tantos anos de negociações, frequentemente interrompidas (…) não tenhamos ainda um Estado palestino".
Também estão em Doha o presidente venezuelano Hugo Chávez, o boliviano Evo Morales, a argentina Cristina Kirchner e o paraguaio Fernando Lugo, além dos presidentes do Suriname, Runaldo Ronald Venetiaan, e da Guiana, Bharrat Jagdeo.

