Da redação*
São Paulo – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, inauguraram hoje (22) a nova Unidade Produtora de Gás Natural (UPGN-3) da Província Petro-gasífera de Urucu (AM).
Resultado de um investimento de US$ 180 milhões, a nova unidade vai fazer saltar a produção local de gás natural de 6 milhões de metros cúbicos/dia para 10 milhões de metros cúbicos/dia, além de permitir o processamento de 500 toneladas diárias adicionais de gás liquefeito do petróleo (GLP, equivalentes a 38,5 mil botijões de gás de 13kg por dia).
Segundo Lula, apenas visitando o local é possível ter a dimensão do trabalho que a Petrobras vem fazendo :
"Chegar aqui, a mil quilômetros de distância de Manaus, no coração da Amazônia, e encontrar uma empresa brasileira produzindo o que vocês estão produzindo com uma qualidade e consciência da preservação que vocês estão tendo, inaugurando uma unidade de processamento de gás, é uma coisa que me deixa orgulhoso", disse Lula aos funcionários da Petrobras, quebrando o protocolo que não previa seu pronunciamento na solenidade.
Lula comparou essa experiência com a primeira vez que viu a seleção brasileira de futebol jogar na Copa do Mundo, em Turim (Itália).
"O Brasil não estava bem mas, na hora que o Brasil entrou em campo, eu até esqueci que tinha feito críticas a muitos jogadores. Na hora que tocou o Hino Nacional é uma sensação de orgulho, uma sensação de importância que toma conta da gente que eu não sabia se eu ia conseguir terminar de ouvir o hino. Quando eu entrei aqui, eu senti a mesma coisa: a importância que a Petrobras, seus técnicos, funcionários e mais as empresas que trabalham contratadas pela Petrobras, a importância do que vocês representam para o Brasil".
A nova unidade
A nova unidade vai fazer saltar a produção local de gás natural de 6 milhões de metros cúbicos/dia para 10 milhões de metros cúbicos/dia, além de permitir o processamento de 500 toneladas diárias adicionais de gás liquefeito do petróleo (GLP, equivalentes a 38,5 mil botijões de gás de 13kg por dia).
Com a entrada em operação da UPGN-3, a bacia petrolífera do Solimões passará a abastecer também o estado do Ceará, gerando na região amazônica 650 empregos diretos e 2.500 indiretos. Outro benefício é a redução da necessidade de importação de gás de outros países, auxiliando assim a balança comercial brasileira.
A previsão estimada é de que a UPGN 3 irá proporcionar uma economia ao Brasil de R$ 175 milhões por ano na balança comercial.
O Amazonas e os municípios vizinhos à província também serão diretamente beneficiados, já que o incremento da produção aumenta os royalties e os demais impostos que são repassados ao Estado e a alguns municípios. Um exemplo é o aumento de aproximadamente R$ 9 milhões de ICMS para o Amazonas.
A Petrobras vem atuando na floresta amazônica desde sua criação, há 50 anos. Essa trajetória resultou na descoberta de petróleo e gás, há 18 anos, na área do rio Urucu, localizada no município de Coari.
Foi nessa localidade, situada a 650 km a oeste de Manaus, numa região considerada um santuário ecológico, que a companhia construiu a província petrolífera de Urucu. Para explorar e produzir petróleo e gás, a Petrobras segue padrões internacionais de excelência na preservação do meio ambiente, na qualidade dos produtos e processos, na conservação da saúde e segurança dos trabalhadores e da comunidade.
Desenvolvimento sustentável
Ainda durante a inauguração da Unidade de Processamento de Gás Natural, o presidente Lula defendeu o desenvolvimento sustentável da Amazônia, em Urucu (AM).
"Nós temos que aprender que não dá para ficar dizendo que a Amazônia tem que ser o santuário da humanidade e não lembrar que aqui moram quase 20 milhões de seres humanos que têm mulheres e filhos e que, portanto, têm direito a viver condignamente como qualquer outro ser humano nesse planeta", afirmou Lula.
Lula acrescentou que para se ter um desenvolvimento sustentável é preciso ter energia. "A partir do momento que se começar a produzir energia em função do gasoduto, serão economizados, em dez anos, R$ 7,5 bilhões numa demonstração de que não se tem que perguntar quanto custa uma obra, mas quanto custa não fazer essa obra no tempo certo", concluiu. A conclusão da obra do gasoduto está prevista para 2006.
* com informações da Agência Brasil e Assessoria de Imprensa da Petrobras

