São Paulo – O governo egípcio tem como meta um crescimento de 6% para o país no ano fiscal 2019/2020, segundo projeto de orçamento apresentado pelo ministro das Finanças, Mohamed Maait (foto acima), nesta semana. Uma nota sobre o assunto foi publicada nesta sexta-feira (22) pelo site de notícias Ahram Online.
Também foi estipulado o objetivo de que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) do país seja de 89% no período, segundo um comunicado do gabinete da presidência. Isso significa que a dívida pública deve alcançar no máximo esse percentual do valor total do PIB. O governo pretende diminuir o déficit orçamentário.
O projeto de orçamento contempla ainda a criação de 800 mil a 900 mil empregos no Egito, por meio do apoio aos setores industrial e exportador. Os dados previstos são para o ano fiscal que começa em 1º de julho e termina no final de junho de 2020.
O país árabe vem adotando uma série de medidas para impulsionar sua economia, em um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O organismo mantém programa de empréstimos ao Egito e estima que o país vá crescer 5,5% e tenha inflação de 14% em 2019. O acordo foi implementado em 2016 e visa o desembolso de US$ 12 bilhões, tendo as reformas econômicas como contrapartida.
A economia do Egito avançou 4,2% no ano fiscal 2016/2017 e 5,3% no período 2017/2018. A dívida pública ficou em 93% do PIB no último ano fiscal e estava em 103% no anterior. Entre as medidas implementadas para melhorar estes números está a reforma do sistema de subsídios à energia e o trabalho pelo aumento das receitas.
Nesta semana, a agência de classificação de risco de crédito Fitch melhorou o rating de crédito do Egito de B para B+. O rating é atribuído de acordo com a capacidade de um país de pagar dívidas e serve para que investidores avaliem o risco de investir em títulos da dívida daquela nação. O ministro Maait disse que a decisão da Fitch atesta o sucesso do governo na implementação do programa de reformas econômicas. Segundo ele, o upgrade ajudará a aumentar a confiança na economia egípcia e a atrair investimentos estrangeiros.