Dubai – Um dos eventos que acontecem dentro da programação da conferência Annual Investment Meeting (AIM), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem foco no mercado e investimentos chineses. O seminário batizado de “One Belt and One Road negócios de cooperação e desenvolvimento” trouxe ao emirado representantes dos setores privado e público da China para debater sobre a iniciativa do país batizada de “One Belt One Road”, conhecido também como “nova Rota da Seda”, que busca traçar uma rota comercial e de investimentos ligando a nação asiática com outras localidades na Ásia, Oriente Médio, África e Europa.
Segundo Marwan Bin Jassim Al Sarkal, presidente executivo da Sharjah Investment Development Authority (Shurooq), agência de desenvolvimento do emirado de Sharjah, ainda não se vê tantos chineses investindo nos Emirados quanto ele gostaria. “Existem oportunidades para investimentos nos Emirados em áreas como saúde, energias limpas e dessanilização. Sharjah, assim como os Emirados, é um centro estratégico. Há uma oportunidade enorme para se conectar ao mundo árabe e ao Norte da África”, disse Sarkal durante o painel “EAU: um importante polo para o One Belt One Road: a percepção e expectativa das companhias chineses”, que ocorreu nsta terça-feira (09).
Outro tema levantado por Sarkal foi o setor de turismo, especialmente relacionado a pontos históricos em Sharjah e a negócios em Dubai. “Investir nos Emirados é investir na origem. Além disso, há oportunidades ligadas às [novas] regulações de investimento estrangeiro direto, que são muito abertas nos Emirados”, afirmou.
Entre os presentes no painel, estavam executivos da chamada geração mais antiga da China, que seguem linha tradicional de negócios, e da nova geração que, entre os diferenciais para se inserir no mercado global, dominam o inglês como língua para tratar de negócios.
Os chineses apontaram interesse em investir nos Emirados e reforçaram o caráter também receptivo para investimento estrangeiro direto da iniciativa chinesa. Entre os requisitos para que investimentos e negócios tenham mais sucesso entre os dois países está o estudo mútuo do local onde será feito o investimento e sua cultura.
“Compreender a cultura do país no qual se quer investir, gostar dela, de fato entender como se vive naquele local, faz toda a diferença”, concluiu Franz Zhiyun Jiang, sócio da Cathay Capital Management Group, que participou do painel. A Annual Investment Meeting (AIM) vai até esta quarta-feira (10).