São Paulo – A Fundação Libanesa de Minas Gerais (Fuliban) quer aumentar o número de atendimentos médicos que oferece a pessoas carentes em sua sede, em Belo Horizonte (MG). A entidade foi criada em 1970 por lideranças da comunidade libanesa e oferece também cursos e atrações culturais (foto acima). O atual presidente da fundação, eleito em abril, é Frederico Aburachid. “A Fuliban foi criada para ser um marco dos libaneses em agradecimento pela acolhida e gratidão que o povo mineiro proporcionou à comunidade. Por isso, dedica suas atividades a saúde, educação e promoção da cultura libanesa em Minas Gerais”, disse Aburachid à ANBA.
A sede da fundação se chama Casa do Líbano e tem seis salas de atendimento ambulatorial. A instituição chegou a ter equipe com 40 médicos atendendo 600 adolescentes em média por mês, no início dos anos 2000. Hoje, os atendimentos são de até 100 pessoas por mês, com mais procura por parte de pessoas idosas. Segundo Aburachid, o volume do serviço caiu no final da primeira década do milênio e, agora, a comunidade quer retomar o número histórico de 600 atendimentos por mês.
Os atendimentos são gratuitos para pessoas carentes, normalmente encaminhadas à fundação por assistentes sociais. As áreas de atuação médica da organização são cardiologia, clínica geral e psicologia. O objetivo é começar a atender também nas especialidades de psiquiatria, musicoterapia e terapia ocupacional. “Estamos também para formalizar um convênio com um grande laboratório de Minas Gerais para conseguir realizar com eles o encaminhamento de pedidos de exames”, afirmou Aburachid.
A fundação é mantida em sua maioria por libaneses e descendentes, mas tem também parceiros brasileiros e sírios. Para além do atendimento médico, a Casa do Líbano se divide em área de conhecimento e de saúde. Na primeira, são promovidos, por exemplo, cursos de diferentes graus de complexidade, e palestras sobre saúde, cultura e culinária libanesa.
Para o presidente da Fuliban, é preciso dar mais visibilidade à comunidade local. “Um ponto importante é a demanda antiga da colônia libanesa da criação de um consulado [ do Líbano] em Belo Horizonte. Hoje, nós não temos um cônsul em Minas e fica muito difícil o contato. Precisamos e temos lideranças tanto na capital quanto no interior para que haja consulado aqui”, afirmou.
Segundo ele, grande parte dos libaneses do estado se concentram em Belo Horizonte e na região do Sul de Minas, em cidades como Lavras e Viçosa. “No Brasil são em torno de 12 milhões de libaneses e descendentes. Estamos fazendo um trabalho para reunir material com número preciso de libaneses e descendentes em Minas Gerais”, explicou Aburachid sobre o projeto que vem articulando em parceria com entidades como o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, e deve tomar forma no segundo semestre deste ano.
Para buscar aproximação entre a comunidade mineira e entidades do Líbano, a Fuliban está organizando uma viagem para 2020. “O projeto da missão sócio cultural ao Líbano tem previsão para julho de 2020. A ideia é levar as lideranças, incluindo a Câmara de Comércio Líbano Brasileira, a Associação Cultural Líbano Brasileira de Ipatinga e o Clube Libanês de Minas Gerais. Pretendemos reunir um grupo de pessoas para ter uma audiência com lideranças de lá”, pontuou o presidente.
Serviço
Fundação Libanesa De Minas Gerais (Fuliban)
Rua Tomé de Souza, 67 Savassi
Contatos: secretaria@fuliban.org.br | (31) 3786-7706