São Paulo – Após registrar déficit em abril, a balança comercial brasileira começou maio com superávit. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (06) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na primeira semana do mês, que teve dois dias úteis, o saldo comercial ficou positivo em US$ 409 milhões. As exportações somaram US$ 2,31 bilhões, resultado 9,5% maior do que o do mesmo período do ano passado, pela média diária. As importações ficaram em US$ 1,901 bilhão, crescimento de 3,3% na mesma comparação.
As exportações de manufaturados cresceram 21,8% e as de produtos básicos, 13,4%, na comparação com maio do ano passado. Entre os primeiros, destaque para automóveis e autopeças, suco de laranja não congelado, etanol, tratores e hidrocarbonetos. Já entre os básicos, cresceram os embarques de farelo de soja, minério de ferro, carne bovina e suína e soja em grão.
As vendas de produtos semimanufaturados caíram 33,8% em comparação com maio do ano passado, pela queda dos embarques de ferro fundido, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e semimanufaturados de ferro e aço.
Em relação à média diária de abril deste ano, os embarques de manufaturados cresceram 31,5% e os de produtos básicos, 28,4%. Já as exportações de semimanufaturados caíram 19,4%.
Na seara das importações, em comparação com a média de maio de 2012, cresceram as compras de aparelhos eletroeletrônicos, adubos e fertilizantes, plásticos e obras, instrumentos de ótica e precisão e veículos automóveis e partes. Em relação à média de abril deste ano, as importações foram 3,3% menores.
Déficit
No acumulado do ano, o Brasil exportou US$ 73,778 bilhões, uma redução de 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado, pela média diária. O País importou o equivalente a US$ 79,519 bilhões, 9,2% a mais na mesma comparação. O déficit comercial até a primeira semana de maio acumula US$ 5,741 bilhões.
No mês passado, apesar de ter exportado US$ 20,6 bilhões, o País importou US$ 21,6 bilhões e registrou o pior saldo para o mês de abril da sua história. O motivo apresentado pelo governo é o fato de o País só ter registrado este ano compras de petróleo feitas pela Petrobras em 2012.

