São Paulo – A marca paulistana de roupas infantis Mini Humanos quer exportar para o mercado árabe. Criada por três jovens empreendedores das áreas de moda e administração, a empresa tem uma proposta inovadora no design das peças. Em vez de florzinhas e palhacinhos como estampas das roupas, ela usa nas coleções temas como rock, arte naif, arquitetura, países como Costa do Marfim e Vietnã, entre outros. Com o diferencial, a empresa já conquistou dois mercados no exterior: Espanha e Angola.
"Gostaríamos muito de vender para os países árabes", afirma à ANBA uma das sócias do negócio, Roberta Vasconcelos, que é formada em Administração de Empresas, especializada em Marketing e pós-graduada em Sociologia. Roberta acredita que, no mundo árabe, os produtos teriam boa saída em lugares como Dubai, Líbano, Marrocos, Egito e Tunísia. “Sei que no Líbano, por exemplo, as pessoas são muito ligadas em coisas modernas”, afirma. A presença de estrangeiros nestes países deve também favorecer as vendas.
As exportações da Mini Humanos começaram meio que por acaso, quando, em 2006, uma distribuidora da Espanha entrou em uma loja de roupas adultas no Rio de Janeiro na qual a Mini Humanos tinha um espaço. Ela gostou das peças, conseguiu compradores para elas na Espanha e começou a importá-las. Hoje, cinco lojas espanholas vendem a marca. Já as exportações para Angola começaram por causa de uma angolana que comprava roupas da Mini Humanos para os seus filhos. A mulher abriu uma loja, na qual vende as peças.
O grande apelo da marca, que veste crianças de zero a dez anos, é a proposta exótica quanto ao tema das coleções. Atualmente, por exemplo, a empresa comercializa as coleções Woodstock (festival internacional de música), Cuba, Vietnam, o arquiteto, ska (gênero musical jamaicano), surreal, Alice, rock, Santos Dumont, Costa do Marfim e arte naif.
Roberta explica que a ideia, no entanto, não é fazer roupa de criança com cara de adulto. Tudo é confeccionado com tecidos e modelagens bem confortáveis, como pede o público infantil. E o lúdico está sempre presente, explica ela. Quase tudo é unissex, mas há peças voltadas apenas para meninas.
“Nos inspiramos nas pessoas que esperavam bebês na época. Nos perguntamos o que os filhos deles iam usar”, explica a sócia, citando entre eles o músico brasileiro João Gordo e a comediante Maria Paula. A primeira coleção foi apresentada em 2004, quando Roberta e Ana Carolina Pinheiro, também sócia da empresa, se juntaram para produzir roupas infantis. No mesmo ano se uniu a elas, também como sócio, Vinicius Panisset. Ana Carolina é formada em Moda e especializada em Design. Vinícius é administrador de empresas, com especialização em marketing, pós-graduado em Gestão de Varejo e mestre em Logística.
Os três sócios trabalharam juntos em uma grande loja de departamentos do Brasil. Em 2003, porém, após saírem da empresa, Ana Carolina e Roberta, que já tinham idéia de um negócio próprio, resolveram abrir uma consultoria em design de produto. “Víamos que existia essa lacuna no mercado infantil de coisas diferentes”, afirma. A prestação de serviços foi levada adiante sozinha por cerca de um ano, quando as duas resolveram passar a fabricar as próprias peças. Foi em 2004, quando Vinicius se juntou à dupla. Os três estão na faixa dos 30 anos.
Atualmente a Mini Humanos terceiriza a produção para uma indústria de Minas Gerais. As roupas são vendidas em lojas multimarcas, em duas lojas exclusivas e próprias da marca, no Rio de Janeiro e São Paulo, e em uma loja exclusiva, que funciona sob licenciamento, em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. Nas lojas do Rio e também de São Paulo a marca mantém seus showrooms. No total a marca é comercializada em cerca de 40 lojas.
Contato
Mini Humanos
Telefone: +55 (11) 3628-6070
Site: www.minihumanos.com.br

