São Paulo – O Marrocos, país árabe do Norte da África, aumentou em 40% as suas importações de alimentos nos sete primeiros meses deste ano sobre o mesmo período de 2007. A informação, do Escritório Marroquino de Câmbios, foi publicada na agência de notícias africana Panapress.
De acordo com dados do Escritório, entre os meses de janeiro e julho o país gastou 18 bilhões de dirhams marroquinos, o equivalente a cerca de US$ 2,3 bilhões. Nos mesmos meses do ano passado, as compras no exterior estavam em 12,87 bilhões de dirhams marroquinos, o que significa US$ 1,6 bilhão.
Os principais produtos responsáveis pelo crescimento foram o trigo, o milho e a manteiga, segundo o Escritório, que atua sob a tutela do Ministério das Finanças do Marrocos. O país importou, no período, 96 mil toneladas em trigo. Isso significou gastos de 570 milhões de euros, iguais a US$ 824 milhões.
No dia 16 de agosto, o governo do país suspendeu as taxas de importação de trigo para garantir o fornecimento de farinha durante o Ramadã, que começou neste mês de setembro. Durante o Ramadã, período sagrado muçulmanos, os seguidores da religião islâmica jejuam durante o dia e ao começo da noite promovem festas com banquetes alimentícios.
Apesar de suspender as taxas de importação do trigo, o governo do Marrocos tomou algumas medidas para proteger os agricultores locais que produzem a commodity. O preço de cada 100 quilos de trigo produzido dentro do país foi elevado para 27 euros. O país produziu neste ano 760 mil toneladas de trigo.
Os produtos alimentícios representaram 9,8% das importações do Marrocos entre janeiro e julho deste ano. No mesmo período de 2007, elas significavam 9,1% do total. Apesar de ser um importador no segmento, o país árabe é também produtor de alimentos. O Marrocos produz, na área agrícola, produtos como cevada, trigo, frutas, vinho, vegetais e azeitonas e mantém também rebanhos de animais.

