São Paulo – O Marrocos foi retirado da lista cinza do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), um órgão intergovernamental criado durante reunião do G7, em Paris, para proteger o sistema financeiro e econômico contra ameaças de lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa. O Gafi tomou a decisão na sexta-feira (24), conforme divulgado pela Embaixada do Marrocos em Brasília.
Estar na lista cinza do Gafi significa a existência de um monitoramento intensificado do país na área de atuação do órgão, com aquela nação trabalhando conjuntamente com o organismo para abordar as suas deficiências estratégicas nos segmentos de combate do Gafi. “O Marrocos e o Camboja não estão mais sujeitos a um monitoramento maior do Gafi”, divulgou o Gafi em sua página na internet na última sexta-feira.
A saída do Marrocos ocorreu após o sistema marroquino ter sido avaliado em conformidade com as normas internacionais relativas à luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo. A decisão foi consequência das conclusões positivas contidas no relatório do Gafi por ocasião da visita dos seus especialistas ao Marrocos em janeiro, que observou a total conformidade com as normas internacionais nas duas áreas.
De acordo com o texto divulgado pela embaixada, a retirada do Marrocos da lista cinza do Gafi reflete o compromisso do país nesta área, através da adoção de diversas medidas legislativas, institucionais e de controle, implementadas pelas diversas autoridades e instituições nacionais envolvidas, sob a coordenação da Autoridade Nacional de Inteligência Financeira.
O Marrocos espera um impacto positivo no rating soberano do país, o reforço da sua atratividade e a confiança dos investidores estrangeiros na economia nacional. “O Marrocos segue totalmente comprometido no combate contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, de acordo com a evolução das normas internacionais nesta área e para a preservação do sistema financeiro nacional contra crimes financeiros”, diz o texto.