São Paulo – Em árabe, a palavra Marrocos, ou melhor, Maghreb, significa "o lugar onde o sol se põe", e conhecer este lugar é ter a garantia de viver uma série de experiências diferentes dentro do mesmo país. Começando pela capital federal, Rabat, o turista vê uma clara mistura entre as culturas marroquina e francesa, já que a França deixou fortes marcas de sua ocupação de quatro décadas no país árabe, tanto em relação à língua (o francês é a segunda língua falada no Marrocos), quanto na culinária, com um grande número de patisseries espalhadas por toda a cidade.
No centro de Rabat, fica a charmosa avenida Mohammed V, com grandes palmeiras enfeitando um belo canteiro central, em frente à sede do parlamento do país. A poucos passos está o souk da cidade, onde o turista encontra desde artigos modernos, como calças jeans e camisetas até artigos de couro tradicionais e muitas lojas de jóias.
Terminando o passeio pelo mercado, o visitante depara-se com a enorme fortaleza da Kasbah de Oudayas. Construída no século 12, hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade. Dentro, foram erguidas casas que atualmente abrigam muitos marroquinos e também estrangeiros. Além disso, o jardim andaluz e o Café Maure, servindo um tradicional chá e uma variedade de doces, tornam completo o passeio por dentro do monumento, que também oferece uma bela vista para o mar.
A torre Hassan é outra atração de Rabat. Projetada para ser a maior torre de todo o mundo muçulmano, ela não foi concluída, mas as dezenas de colunas que a cercam e o mausoléu que abriga os corpos do pai e do avô do atual rei Mohammed VI despertam o interesse dos turistas que passam pela cidade.
Casablanca
A apenas meia hora de trem de Rabat está a capital financeira do país, Casablanca. Sem relação com o famoso filme, que foi gravado inteiramente em Hollywood, Casablanca abriga a maior mesquita do norte da África, a Hassan II. Ela é também a terceira maior mesquita do mundo, ficando atrás apenas das localizadas em Meca e Medina, na Arábia Saudita. É ainda a única no Marrocos em que não-muçulmanos estão autorizados a entrar e fotografar.
Seu tamanho e sua estrutura impressionam. O chão é climatizado e o teto pode ser aberto nos dias mais quentes. A administração da mesquita oferece visitas monitoradas fora dos horários das orações. Os turistas podem escolher guias que falem inglês, francês, italiano ou espanhol.
O jardim da Liga Árabe é outro lugar que vale a pena ser visitado. Uma bela área verde, aproveitada por moradores locais e turistas para passar tardes ensolaradas.
Transporte
Não existe metrô no Marrocos, mas os táxis são baratos e, em geral, são divididos com outras pessoas. Há dois tipos de táxis que circulam por todas as cidades marroquinas. O “petit taxi” leva até três pessoas, e quem decide o destino é o passageiro que entrar primeiro no carro. Os demais devem seguir para lugares próximos aos do primeiro cliente, para aproveitar o trajeto.
O “grand taxi” funciona como ônibus, com preço e locais de partida e chegada definidos, mas também podem ser usados como “táxis particulares” por turistas que não queiram dividir o carro com até cinco outras pessoas, além do motorista. Desta forma, porém, o preço fica mais caro.
Entre uma cidade e outra, a melhor opção é o trem. A malha ferroviária do país cobre cidades do sul ao norte do Marrocos, com bons preços e trens confortáveis. Para as cidades que não têm estação ferroviária, geralmente há ônibus da companhia pública CTM, que também são conhecidos por seu conforto e pontualidade.