São Paulo – O Grupo OCP, produtor de fertilizantes do Marrocos, vendeu mais para o Brasil no primeiro trimestre deste ano. A informação faz parte de um relatório divulgado pela empresa com resultados financeiros do período, que comunica aumento de receitas de 20% da companhia como um todo nos primeiros meses deste ano sobre iguais meses do ano passado.
A OCP teve receita de 12,5 bilhão de dirhams marroquinos no primeiro trimestre deste ano, equivalentes a US$ 2,8 bilhões, segundo a empresa, contra 10,4 bilhão de dirhams (US$ 1,13 bilhão) de janeiro a março de 2018. A notícia foi publicada pela Maghreb Arabe Press (MAP), agência de notícias oficial do Marrocos.
Segundo o Grupo OCP, as condições de mercado do período estiveram alinhadas com a expectativa da empresa, com preços acima do primeiro trimestre de 2018, mas abaixo do final do ano passado, vinculados a estoques elevados e cotações menores de matérias-primas.
“A demanda da Índia se manteve mais forte do que o previsto, apesar dos níveis altos de estoques; a demanda europeia se recuperou da baixa do ano passado, e houve modesta elevação nas importações do Brasil”, informou a OCP em seu relatório. A empresa marroquina informou que as condições climáticas adversas na América do Norte afetaram o período de plantio na região e por isso os estoques da região se mantiveram altos.
A empresa informa que o seu crescimento de receita teve base ampla, em uma combinação de volume maiores comercializados e preços melhores dos produtos em relação ao começo do ano passado, apesar da queda no período diretamente anterior.
O Ebitda do Grupo OCP ficou em 4,3 bilhões de dirhrams (US$ 456 milhões) no primeiro trimestre deste ano frente a 2,5 bilhões de dirhams (US$ 273 milhões) no mesmo período de 2018. A alta foi de 72%. O lucro operacional da companhia alcançou 2,5 milhões de dirhams (US$ 265 milhões) de janeiro a março deste ano, mais que o dobro dos 1,15 bilhão de dirhams (US$ 126 milhões) conseguidos nos três primeiros meses do ano passado.
A OCP informa que é a maior produtora de fosfato do mundo e um dos principais players do segmento, com acesso às maiores reservas de rocha fosfática do globo. A companhia emprega atualmente 21 mil pessoas. Ela foi criada em 1920, tem quase cem anos.