São Paulo – A Assembleia Nacional da Mauritânia aprovou na noite de segunda-feira (9), na capital, Nouakchott, o marco legal do hidrogênio verde, que determina regras, prospectos e objetivos do país na geração de energia a partir de fontes renováveis para a produção de hidrogênio verde. O objetivo é que, a partir deste marco legal, o país possa atrair investimentos e apoio internacional, capacitar trabalhadores e gerar empregos no setor nos próximos anos.
De acordo com informações da Agência Mauritana de Informações (AMI, na sigla em francês), o ministro da Energia e Petróleo, Mohamed Ould Mohamed Maoulainine Ould Khaled, afirmou na sessão da Assembleia Nacional que o país tem potencial em geração de energias renováveis e “vastas áreas” para a produção de hidrogênio verde e seus derivados, além de ter vantagem geográfica para exportar energia a outros países africanos.
A Mauritânia, país árabe do Norte da África, está conectada a uma rede elétrica com outros países do continente e poderia exportar o excedente de energia através deste sistema, na avaliação do governo.
Mauritânia quer atrair investimentos
A elaboração do Código do Hidrogênio Verde, disse o ministro, é o primeiro passo para estabelecer as regras para atividades industriais para a produção do combustível e ganhar a confiança de investidores internacionais. Os parlamentares, por sua vez, pediram ao governo que seja realizado um workshop para capacitá-los sobre o tema, assim como disseram que é preciso treinar pessoas para colocar os projetos em prática e gerar empregos no setor, sobretudo entre os jovens.
Hidrogênio verde é o hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis, como hidrelétrica, solar e eólica. O hidrogênio para geração de energia pode ser obtido a partir de outras fontes energéticas, mas, neste caso, não é considerado verde. Pode ser azul, se derivar do gás natural, marrom ou preto, se sua origem for o carvão, roxo ou rosa, se a matriz for nuclear ou até branco, caso seja capturado naturalmente da crosta terrestre.
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