São Paulo – A economia da Mauritânia irá encerrar 2014 com crescimento e inflação sob controle e desempenho fiscal dentro do previsto pelo orçamento. De acordo com um comunicado divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira (31), o país também deverá apresentar crescimento nos próximos anos. No entanto, poderia estar em uma situação ainda melhor se os preços do minério de ferro estivessem mais altos.
A avaliação do FMI foi divulgada após uma delegação da instituição se reunir com autoridades locais na quarta-feira (29) e na quinta-feira (30) na capital do país, Nouakchott. Segundo o Fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) da Mauritânia irá crescer 6,4% neste ano e a inflação deverá encerrar 2014 com alta de 3,5%. O déficit em conta corrente deverá cair e encerrar o ano em aproximadamente 19% do PIB.
O documento afirma que o comércio da Mauritânia com outros países está em um ritmo “lento”, no entanto, reconhece que as perspectivas são positivas. O documento afirma que no médio prazo a economia do país deverá crescer em média 7% ao ano em razão dos “grandes investimentos” relacionados à expansão da mineração e aos projetos de infraestrutura.
O FMI avalia que os riscos para a economia existem em decorrência das instabilidades regionais e devido a eventuais reduções nos preços do minério de ferro. “Preços baixos do minério de ferro podem também impactar os planos de investimento na Mauritânia”, alerta o Fundo.
Nesta sexta-feira, o minério de ferro estava cotado a US$ 80,08, de acordo com informações do CME Group. As cotações futuras indicam desvalorização, com a commodity cotada a US$ 76 para contratos com vencimento em outubro de 2015. Há um ano, o produto era vendido a US$ 130 por tonelada métrica.
Em um comunicado divulgado pelos técnicos do Fundo após as reuniões, a chefe da missão, Mercedes Vera Martin, afirmou que uma perspectiva econômica favorável ajudará o país a apoiar os esforços de consolidação fiscal e na redução de gastos, no direcionamento de uso do dinheiro para reduzir a pobreza e na construção de estruturas que ajudem a nação a suportar crises internacionais.


