São Paulo – A Mauritânia, país árabe do Norte da África, registrou crescimento médio anual de 4% no período de 2006 a 2011, segundo relatório da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
A informação foi publicada pela agência de notícias africana Panapress. De acordo com o documento, a melhor taxa de crescimento foi obtida em 2006, com 11%, relacionada principalmente ao início da exploração de petróleo na nação árabe. Já os menores percentuais foram registrados entre 2007 e 2009.
O relatório atribui o crescimento pequeno à baixa produção petrolífera, ocorrida a partir de 2007, o mau desempenho do setor de construção civil e de obras públicas, em 2008 e 2009, decorridos da suspensão de financiamentos externos em função de problemas políticos que a Mauritânia enfrentou.
Em 2008, o presidente eleito Sidi Ould Cheikh Abdallahi foi deposto por uma junta militar. O general que comandou a operação na época, Mohamed Ould Abdel Aziz, depois foi escolhido em um processo eleitoral na metade de 2009, como presidente. Até hoje ele segue na liderança do país.
Em 2009, a taxa de crescimento do país foi negativa, com 1,2% de recessão, ocasionada principalmente em função da queda na produção agrícola por causa da falta de chuvas, de deficiências no sistema de irrigação, ausência de estoques agrícolas e de financiamentos para as safras.
O relatório foi feito pela CIPD com o objetivo de apresentar os progressos realizados pelos países quanto ao desenvolvimento das suas populações e os principais desafios para a implementação do plano da conferência de 1994. Naquele ano, na Conferência do Cairo, foram estabelecidas metas que fazem parte dos Objetivos do Milênio e que dizem respeito ao desenvolvimento das populações.

