São Paulo – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (02), em palestra durante o Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, em São Paulo, que acredita que a economia brasileira deverá crescer mais do que o esperado. No evento organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o ministro citou que a projeção de crescimento oficial do governo para o PIB brasileiro segue sendo de 3%.
“Tiramos o Brasil da pior recessão da sua história”, ressaltou o titular da Fazenda, lembrando da crise econômica que o país passou nos últimos anos. Em 2017, após dois anos de queda, a economia brasileira voltou a crescer 1%.
Segundo Meirelles, tirar o país da recessão foi a primeira de duas missões que ele recebeu ao assumir o ministério, logo após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. “Essa já cumprimos”, disse. A segunda, de acordo com ele, é colocar o Brasil nos trilhos para um crescimento sustentável e duradouro.
Para isso, o governo se apoiou em três pilares: fiscal, juros e ganho de produtividade. Em sua apresentação, Meirelles detalhou algumas ações tomadas nessas vertentes. No âmbito fiscal, ele citou a criação do teto de gastos públicos, o regime de recuperação fiscal dos estados, a redução da dívida do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o Tesouro e o FIES, o sistema de financiamento estudantil que foi reformulado nos últimos anos.
Na questão dos juros, deu como exemplo medidas como o cadastro positivo, as mudanças no pagamento do rotativo do cartão de crédito – que, segundo ele, fazia com que as dívidas dos consumidores crescessem sem eles perceberem – e a duplicata eletrônica. Já para a produtividade, a reforma trabalhista, a terceirização do trabalho e a futura privatização da Eletrobras foram as ações destacadas pelo ministro.
“Eu tenho certeza que o Brasil vai seguir em frente e a trajetória de reformas vai continuar, com o apoio da população, para um crescimento sustentável do País”, disse o ministro, lembrando que os efeitos de muitas das medidas tomadas pelo governo ainda não foram integralmente sentidos. “Eles ficarão mais claros no decorrer do tempo”, ressaltou.