São Paulo – Ocorreram oito negócios de fusões e aquisições na indústria de petróleo e gás do Brasil no terceiro trimestre do ano, segundo pesquisa divulgada pela consultoria KPMG. Houve queda de 27% sobre o mesmo período de 2011, quando ocorreram 11 transações.
"O setor vivia em compasso de espera ante o anúncio do governo sobre a realização da nova rodada de licitação para blocos exploratórios. Essa preocupação se refletiu nos números da pesquisa que mostrou uma ligeira queda nas operações. Mas, como já houve uma sinalização positiva, acreditamos que as expectativas sejam boas para os próximos anos e que o apetite do investidor para o setor aumente cada vez mais, especialmente em razão da exploração do pré-sal”, avalia o sócio da KPMG Paulo Guilherme Coimbra.
Relatório divulgado nesta segunda-feira (12) pela Agência Internacional de Energia (AIE) estima que a produção brasileira de petróleo vai crescer em 3,5 milhões de barris por dia até 2035. O levantamento leva em conta uma extração média de 2,2 milhões de barris diários em 2011, que pode subir para 4 milhões em 2020 e chegar a 5,7 milhões em 2035. É a segunda maior perspectiva de crescimento, atrás apenas do previsto para o Iraque.
Além disso, de acordo com a AIE, a Petrobras aparece como a segunda maior investidora do setor de petróleo em 2012, com US$ 47,3 bilhões. Os focos dos projetos, segundo a pesquisa, são exploração e extração de petróleo. O valor a ser investido pela Petrobras só é menor do que o anunciado pela Petrochina, estatal chinesa de petróleo, que deve destinar US$ 48 bilhões para novos projetos neste ano.
Das oito operações ocorridas no trimestre, cinco foram domésticas, ou seja, entre empresas do Brasil. Houve uma transação com companhia de capital estrangeiro adquirindo empresa de brasileiros estabelecida no País, outra com empresa brasileira comprando, de estrangeiros, empresa com sede no Brasil, e outra com companhia de capital estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, empresa estabelecida no País.
No acumulado do ano, houve também ligeira queda, com 16 negócios nos nove meses deste ano e 18 nos mesmos meses de 2011. A pesquisa é realizada trimestralmente e engloba fusões e aquisições anunciados e concluídas no período avaliado.

